Doze pessoas foram presas durante as duas operações da Polícia Federal que teve o objetivo de desarticular duas organizações criminosas especializadas em fraudar licitações e desviar recursos públicos, que atuavam em diversos municípios da região sul da Bahia.
O órgão apura fraude de R$ 34 milhões de empresários que eram beneficiários do Bolsa Família. Conforme o órgão, 11 suspeitos, que tinham mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus, foram presos e dois se encontram foragidos. A prefeitura de Ilhéus emitiu nota oficial sobre as operações.
De acordo com a PF, uma outra pessoa foi presa em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo. A identidade dos suspeitos presos não foi divulgada. A Polícia Federal informou que 50 mandados de busca foram cumpridos, nas casas dos suspeitos, empresas e prefeituras municipais. Foram apreendidos documentos, computadores, celulares e cerca de R$ 18 mil. Segundo o órgão, o material será utilizado nas investigações.
As buscas foram feitas nas prefeituras de Aurelino Leal, Barra do Rocha, Buerarema, Camacã, Camamu, Eunápolis, Gongogi, Ibirapitanga, Ibirataia, Igrapiúna, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itagibá, Itapé, Ituberá, Maraú, Nazaré, Santa Luzia, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Wenceslau Guimarães.
Foram bloqueadas contas bancárias e bens dos suspeitos, pessoas físicas e jurídicas, para o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário, até o valor de R$ 28,3 milhões.
Conforme a PF, cerca de 115 policiais federais e mais 24 auditores da Controladoria Geral da União participam da ação. As investigações são referentes à Operação Sombra e Escuridão, que tiveram início há pouco mais de um ano, a partir de suspeitas envolvendo os sócios de duas empresas sediadas em Igrapiúna.
Os suspeitos, segundo a PF, teriam participado de licitações e recebido pagamentos de diversos municípios – em contratos de obras, locação de veículos e transporte escolar – e ainda eram beneficiários do programa Bolsa Família, do Governo Federal.
A PF disse se tratar de uma “organização criminosa bem estruturada”, que operava com pelo menos quatro empresas constituídas em nome de “laranjas”, com a finalidade de fraudar licitações. Os sócios e as empresas não tiveram nomes divulgados.
FONTE: G1 Bahia