Um “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro foi protocolado nesta quarta-feira, 30, na Câmara dos Deputados por partidos políticos, parlamentares, movimentos sociais e entidades da sociedade civil. Com 46 signatários, o texto reúne argumentos dos outros 123 pedidos apresentados anteriormente, segundo o G1, e inclui a acusação mais recente de prevaricação no caso do contrato investigado para compra da vacina Covaxin.
Elaborado por um grupo de juristas, a peça atribui ao presidente 23 crimes de responsabilidade. Para a abertura de um processo de impeachment, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, precisa aceitá-lo.
Entre os signatários do pedido, estão ex-aliados de Bolsonaro, como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joyce Hasselman (PSL-SP).
As siglas que subscrevem a peça são de esquerda ou centro-esquerda – PT, PCdoB, PSB, PDT, PSOL, Cidadania, Rede, PCO, UP, PSTU e PCB, estas quatro últimas sem representação no Congresso.
Entre os que assinam o pedido, também estão representantes da Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do 342 Artes. [A Tarde]