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LIMITE DE VELOCIDADE: ENTENDA POR QUE AS VIAS URBANAS ESTÃO DIMINUINDO OS SEUS

Para tentar reduzir os acidentes de trânsito, principal causa de mortes de pessoas na faixa de 5 a 29 anos no mundo, a ONU lançou em 2020, a Declaração de Estocolmo. Ela sugere aos 193 estados-membros, entre outras medidas, que busquem impor 30 km/h como limite de velocidade máxima nas áreas urbanas.

Principalmente em locais em que usuários e veículos vulneráveis se misturam de maneira frequente e planejada, exceto onde existem fortes evidências de que velocidades mais altas são seguras.

Ruas pela Vida – Streets for Life”, foi o lema escolhido este ano para a 6ª Semana Global de Segurança no Trânsito da ONU. Ela ocorreu entre os dias 17 e 23 de maio e defendeu limites de 30 km/h (#Love30) como norma em vias onde as pessoas e o tráfego de veículos mais se misturam.

Por exemplo, em Ilhéus a via que dá acesso a nova ponte, tem o limite de velocidade estabelecido em 40km e em outros trechos da cidade, esse limite cai para 30km. Mesmo assim, acidentes são registrados diariamente, principalmente na duplicação da BA 001.

Segundo Vitor Pavarino, especialista em Segurança Viária e mobilidade sustentável, a probabilidade de uma morte em uma colisão a 80 km/h é, por exemplo, 20 vezes maior do que o impacto a 30 km/h que é o que está sendo proposto. “Por isso eu digo que a redução das velocidades será sempre bem-vinda. Se não for de 30, nem que seja 40 ou 50 km por hora”.

No domingo (4) Um acidente entre dois carros deixou três pessoas feridas na BA-001, um dos carros ficou em cima da barra de proteção. Na ocasião, o motorista do veículo que sofreu a batida teve ferimentos leves, e foi atendido no local. Os outros dois feridos são passageiros do carro que colidiu, e precisaram ser encaminhados para o Hospital Regional Costa do Cacau.

Quatro dias depois,  na quinta-feira (8) o trânsito ficou lento no sentido Ponte Jorge Amado, no Pontal devido a um acidente com atropelamento. A rodovia em que esses acidentes aconteceram foi duplicada recentemente.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), oito acidentes já foram registrados no local, até o mês de junho. Este número é maior do que o do mesmo período de 2020, quando apenas um acidente sem mortes foi registrado.

Em 13 de junho, um homem de 45 anos morreu e outro de 26 ficou ferido, após uma batida envolvendo uma motocicleta e dois carros. A causa desse acidente não foi divulgada.

Segundo a PRE, as infrações mais comuns antes da duplicação eram as ultrapassagens indevidas e colisões. No entanto, após a duplicação, acidentes graves com vítimas fatais passaram a ser registrados com mais frequência.

Um bom desenho viário acaba educando os usuários, no entanto nem sempre é suficiente. Além da ciclovia  e das faixas de pedestres, muitos defendem que naquela localidade, uma calçada elevada mostraria que é o carro que está entrando na área do pedestre. Diante disso, o motorista tende a não ocupar esse espaço da forma que ele bem entender.