Na tentativa de ampliar o arco de alianças e pavimentar o seu caminho para 2022, o ex-presidente Lula chega à Bahia nesta quarta-feira (25), estado que mais deu votos ao PT nas últimas eleições presidenciais. A previsão do desembarque em Salvador é às 10h30 e ele já deve seguir direto para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Há a expectativa de que de lá mesmo o petista conceda uma entrevista coletiva e, às 16h, tem um encontro com o PT e representantes de movimentos sociais para uma discussão com o tema “Combater a Fome e Reconstruir o Brasil”. À noite, Lula tem um jantar com o governador Rui Costa (PT) e os senadores Jaques Wagner (PT), que foi Ministro-chefe de Relações Internacionais em seu governo (2005-2006), Otto Alencar (PSD), e o vice-governador João Leão (PP).
Na quinta-feira, 26, Lula visita a Policlínica de Salvador no bairro do Narandiba, às 9h30, e depois concede entrevista coletiva, marcada para as 11h. O petista almoça se reúne com os presidentes dos partidos da base aliada do governo na Bahia, do PT, PSD, PP, PSB, PCdoB, POM e Avante, no Hotel Fiesta. Às 16h, vai ao bairro da Liberdade onde tem encontro marcado com lideranças de movimentos negros da Bahia, na Senzala do Barro Preto.
A caravana do pré-candidato do PT à presidência teve início em Pernambuco, a sua terra natal, no dia 15 de agosto. Nos dias 17 e 18 ele esteve no Piauí. No dia seguinte, já estava no Maranhão, onde permaneceu até o dia 20. Ele passou ainda por Fortaleza e está em Natal antes de chegar na capital baiana.
Presidente estadual do PSB e presença garantida no almoço, a deputada federal Lídice da Mata diz a conversa com as lideranças deve ter caráter “institucional”, ainda sem o “tom da campanha”, muito também por efeito colateral da pandemia de Covid-19. Segundo a parlamentar, o objetivo é que nenhuma das atividades promova aglomeração.
Mesmo sem os ares de campanha eleitoral, Ademário Costa, presidente do PT em Salvador, tem certeza que a vinda de Lula vai mover as peças do tabuleiro político local. “É um grande negociador, um articulador”, avalia.
“Não tenho dúvida que o cenário político da Bahia vai ser alterado depois de Lula, as alianças serão mais consolidadas”, prevê Ademário. [A Tarde]