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“ESTOU SENDO PREJUDICADO, ENQUANTO OUTROS AMBULANTES SÃO IRREGULARES”, DENUNCIA COMERCIANTE QUE INVADIU CALÇADA NA AV. ITABUNA

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Enquanto na maioria das cidades civilizadas do planeta, o metro quadrado é um bem precioso, e que geralmente vale muito dinheiro, em Ilhéus, sabedores desse valor, alguns comerciantes resolveram por conta própria, aumentar suas propriedades. Nenhum problema desde que esse referido aumento, não significasse usurpar o espaço público. E com isso, reduzindo as já tão sofríveis vias para pedestres – calçadas e passeios – obrigando os transeuntes, literalmente, a terem que se arriscar em meio a rua para darem continuidade a seus itinerários.

Inúmeras vezes situações similares foram denunciadas por aqui. Uma delas, publicada na manhã de hoje. A mais recente situação foi denunciada à nossa redação, e foi flagrada na avenida Itabuna, em frente a faculdade Madre Thais. No local, o comerciante Elinaldo Barbosa, conhecido como Salvador, candidato a vereador nas últimas eleições, resolveu arriscar um puxadinho, tomar parte da calçada, e assim aumentar as dimensões do seu negócio. O que, vale ressaltar, é uma prática completamente ilegal, mesmo que suceda-se com grande constância na cidade.

E é justamente isso que o proprietário do puxadinho tranca-rua alega. Segundo ele, enquanto estão tentando impedi-lo de trabalhar, em outras áreas da cidade, a exemplo da Soares Lopes e do Pontal, os ambulantes com seus “food trucks”, atuam de forma totalmente irregular. “Não pagam taxa de ocupação do solo, não pagam nenhum tipo de imposto”, aponta.

Ele recorda o episódio em que teve seu equipamento apreendido na Soares Lopes, no ano 2000, justamente por alegarem estar irregular na época. E hoje, afirma, os veículos ficam lá, alojados, sem pagar nenhuma espécie de taxa.

Perante esse prejuízo, ele afirma ter desistido de ser ambulante, e resolveu montar seu negócio na própria residência. Salvador afirma que fez “articulações de trabalho para o desenvolvimento da atividade”, e isso o autorizou a montar uma mureta no local, ocupando, segundo ele, 1.20m da calçada, e deixando 1.90m para os pedestres. “Estamos em uma fase de pandemia, em uma situação difícil, com muitas contas para pagar”, justifica a expansão do negócio.

O empresário enfatiza que está sendo prejudicado, o denunciaram, e por isso está impossibilitado de trabalhar. Segundo ele, essa situação é que está lhe motivando a denunciar os casos dos ambulantes irregulares do Pontal e da Soares Lopes.

“A sociedade ilheense tem que saber que, quando as pessoas vão comer um hambúrguer na avenida Soares Lopes, elas estão ajudando apenas o ambulante. Mas se elas quiserem ajudar o empreendedor, eles podem vir aqui no meu estabelecimento, em Jabuliu, no Barão, e demais hamburguerias. Na Soares Lopes você está ajudando não um empreendedor, e sim uma pessoa irregular”, finaliza.

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PERGUNTA DO ILHÉUS 24H – O fato de existirem supostos comerciantes irregulares, dá o direito para que outras irregularidades sejam cometidas?

Eis a questão.