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VÍDEO: CLIENTE DENUNCIA SUPOSTA VENDA DE PRESUNTO VENCIDO EM SUPERMERCADO DE ILHÉUS; GERENTE PÕE CULPA EM “FUNCIONÁRIO PREGUIÇOSO”

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Quando um cliente adentra um estabelecimento comercial, objetivando comprar algum item alimentar, o mínimo que ele espera é que o referido local tenha o máximo de cuidado possível com a qualidade dos alimentos vendidos por lá. Nada de produtos estragados, com validade vencida, ou algo que possivelmente coloque a saúde de quem os consuma em risco. Mas não foi bem isso que denunciou um cliente de uma grande rede de supermercados de Ilhéus.

Segundo a denúncia registrada em vídeo (veja abaixo), está sendo vendido no mercado, lotes de presunto cozido da marca Seara, com a data de validade vencida, coberta por outra etiqueta, validando o produto.

Nas imagens é possível ver a cliente retirando a etiqueta do produto, que informava a sua validade: 8 de novembro. Em baixo, uma outra etiqueta, supostamente a verdadeira, com a descrição da real validade do presunto: 2 de novembro.

Ou seja, de acordo com a denúncia, no referido estabelecimento quando um produto vence, ao invés dele ser prontamente descartado, preservando a saúde dos clientes, ganha uma sobrevida. E pouco importa o que isso acarretará quando alguém o ingerir.

OS RISCOS – É consenso entre médicos e especialistas, os grandes riscos que representa para a saúde humana, o consumo de alimentos vencidos. Eles são enfáticos em afirmar que, mesmo que o produto apresente um aspecto visual bom, o seu consumo deve ser evitado ao máximo. “Além de estarem mais propensos à ação de fungos e bactérias, substâncias dos próprios alimentos começam a se modificar, depois deste período, podendo causar intoxicações”, apontam.

Informações médicas colhidas pela reportagem, destacam que algumas propriedades do alimento, depois do prazo de vencimento, já não agem da mesma forma. Porém, isso não começa já no primeiro dia pós-vencido, mas, a orientação de especialistas é evitar.

Os médicos ainda explicam que a data de vencimento só deve ser levada em consideração enquanto o alimento ainda está fechado. “Quando aberto, o que vale é o aspecto do alimento. Cor e cheiro, principalmente. Se estiverem diferentes do que normalmente aquele tipo de alimento deveria apresentar, não devem ser consumidos”, explicam.

“A CULPA É DO FUNCIONÁRIO PREGUIÇOSO” – Em contato com o Ilhéus 24H, o gerente comercial do estabelecimento, confirmou que a situação ocorreu de fato por lá. Segundo ele, por preguiça de um funcionário novo, com cerca de dois meses de contratado. O gerente afirma que o funcionário, por conta própria, além de não ter retirado o produto vencido, o reetiquetou inadequadamente.

“Já conseguimos identificá-lo, e tomaremos todas as medidas cabíveis. Vimos que realmente o problema aconteceu. O problema foi só em duas bandejas. Não trata-se de uma prática interna do supermercado”, ressaltou.

O gerente destaca que a direção do estabelecimento está tomando as providências para evitar que tal problema aconteça novamente.

Ao término da conversa, o gerente mostrou-se contraditório, ao começar a tentar descredibilizar a veracidade do vídeo com a denúncia. “Não sabemos quem fez esse vídeo. É algo anônimo. Não temos nem como identificar se a pessoa efetivou mesmo a compra”, afirma.

Evidenciando a contradição, após ele mesmo confirmar que o acontecido foi no estabelecimento, finaliza afirmando: “Ela fala que é aqui. Aparentemente a etiqueta é nossa. Porém não há nenhum registro formal que comprove que é no mercado”.

PROVIDÊNCIAS – Eis um caso para que a Vigilância Sanitária interceda com urgência, averigue os fatos o quanto antes. Caso comprovada a veracidade da denúncia, que aplique uma punição exemplar aos culpados. É o mínimo que se espera.

Confira o vídeo: