A Embasa, por meio da Unidade Regional de Itabuna (USI), esclarece que a complexidade das operações de sistemas abastecimento de água inviabiliza o uso de geradores no caso de falta de energia elétrica na rede da Coelba, salvo em situações muito excepcionais e programadas.
“O abastecimento de água” explica o gerente da USI, Felipe Madureira, “tem várias etapas que dependem do fornecimento de energia elétrica, desde as bombas da área de captação de água bruta em áreas rurais de difícil acesso até os equipamentos de tratamento da água e, posteriormente, vários conjuntos motor-bombas na distribuição, espalhados pela cidade pra água chegar até a casa do consumidor final”.
Madureira observa que “o abastecimento é um processo em cadeia, que exigiria a instalação de grupos geradores de grande porte em cada ponto do sistema. Não é possível resolver a questão colocando gerador somente na estação de captação ou na estação de tratamento, por exemplo, porque, se faltar energia na região das elevatórias, o sistema também deixará de operar”.
Vale destacar que, para manter todo suprimento de energia necessário para a operação de um sistema de abastecimento, seria preciso implantar dezenas de geradores especiais, de alto custo, pois os geradores comuns não são capazes de atender a essa demanda. Além de imobilizar todo esse capital público por conta de deficiência do ente privado, o uso de geradores implicaria em maiores custos de operação, manutenção, combustível e até despesas com segurança, pois são frequentes os casos de furto de peças desses equipamentos. “Tudo isso faria o custo operacional subir bastante e o repasse oneraria o consumidor final, devido ao aumento da tarifa”, acrescenta o gerente regional.
Madureira ressalta que a Embasa tem mantido constante contato com a Coelba, responsável junto à ANEEL, para reivindicar providências que garantam maior confiabilidade no fornecimento de energia elétrica e um atendimento ágil na resolução de eventuais interrupções, a exemplo de investimentos pra alimentações alternativas e por manobras de outras subestações. “A forma viável de obtermos a energia elétrica necessária às instalações da Embasa é através da rede distribuidora da Coelba, por isso estamos sempre buscando respostas mais rápidas da concessionária de energia, principalmente para o período de verão que aumenta a demanda no litoral”, conclui.