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HELICÓPTERO TRANSPORTA GESTANTE EM MOBILIZAÇÃO COLETIVA DE TRABALHADORES DE HOSPITAIS, BOMBEIROS E SAMU DURANTE ALAGAMENTOS EM ILHÉUS

O helicóptero transportou a gestante do Hospital Costa do Cacau para o aeroporto de Ilhéus.

No final da manhã, a unidade Materno-Infantil foi acionada pela direção do Hospital Regional Costa do Cacau. Com 38 semanas de gestação e parto previsto para dia 9 de janeiro, Amanda Santana, de 26 anos, moradora do bairro do Salobrinho, deu entrada no HRCC, apresentando fortes contrações. A casa onde reside foi invadida pelas águas do rio Cachoeira. As condições de trafegabilidade da rodovia Jorge Amado impediram que ela chegasse ao Materno-Infantil. Ela pediu ajuda ao hospital mais próximo, onde pôde chegar.

Após alguns exames realizados no Costa do Cacau era decisiva a transferência para o Materno-Infantil. Para isso, houve uma mobilização que envolveu, na prática, o que a gestora Aline Costa, repete, todos os dias, para a sua equipe: era chegada a hora de dar as mãos e construir “pontes” para salvar vidas. No histórico, Amanda trazia um fato preocupante: já havia passado por dois abortos espontâneos. Sua nova gestação inspirava cuidados.

Com o trajeto por terra comprometido, em função do alagamento de vários trechos da rodovia Jorge Amado, o trabalho de locomoção envolveu profissionais do HRCC, bombeiros, Samu e técnicos do Hospital Materno-Infantil. Um helicóptero foi acionado e pousou no estacionamento do Costa do Cacau. A gestante foi levada até o aeroporto de Ilhéus, transferida em tempo recorde para o Materno-Infantil, onde foi acolhida. Cerca de 5 horas depois do primeiro acolhimento, nasceu Aysh, uma menina. Adriano Farias, o pai da criança, não pensava estar acontecendo tudo isso. “O apoio foi importante. Não foi só de um. Foi de todos”, disse.

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O bebê de 3,135 kg e 52 centímetros é o exemplo de que a solidariedade pode ser entendida como a dor do outro doendo em cada um dos envolvidos na operação. E que ela une esforços e gestos que marcarão para sempre a comemoração da vida. Em meio a tantos casos de pessoas que perderam tudo com as chuvas, um gesto tornou-se o símbolo de que a vida precisa seguir. Com histórias de recomeços. E de começo de uma nova história, também.