A inflação teve alta de 1,06% em abril, após ter alcançado 1,62% em março. Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%). No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.
Em abril, os principais impactos vieram de alimentação e bebidas – maiores variação (2,06%) e impacto (0,43 p.p.); e dos transportes – alta de 1,91% e 0,42 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
Logo atrás, vem o grupo dos transportes, com aumento de 1,91%. Juntos, esses dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA. E mais uma vez, a gasolina foi o subitem que mais contribuiu com o aumento geral, após subir mais 2,48% em abril, provocando uma elevação de 3,20% no preço dos combustíveis. E de acordo com o analista do IBGE, André Filipe Almeida, isso contribuiu para que a inflação geral batesse outro recorde no mês passado. Segundo ele, o índice de difusão, que mede a quantidade de itens que tiveram aumento ficou em 78,25%, a maior proporção desde janeiro de 2003.
O IBGE também registrou recorde na inflação para as famílias de baixa renda, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que subiu 1,04% em abril, a maior variação em 19 anos. Em 2022, INPC acumula alta de 4,49% e, que chega a 12,47% nos últimos 12 meses. Houve aumento dos preços em todas as regiões pesquisadas, e enquanto os produtos não-alimentícios subiram 0,66%, os alimentícios ficaram 2,26% mais caros.