No início da tarde deste sábado (5), militantes de extrema direita insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva – PT, no último domingo (30/10), confiando nas supostas afirmações que circularam no Twitter, no Facebook, no WhatsApp e no Telegram na última sexta-feira (4), que o pleito encerrado no último domingo foi fraudulento, se reuniram em frente à 18ª CSM, em Ilhéus, para colher assinatura em “documento” que manifesta repúdio as supostas fraudes perpetradas no voto para presidente da república e pedem intervenção militar.
STM e Defesa não provaram fraude eleitoral – Não é verdade que o STM (Superior Tribunal Militar) ou o Ministério da Defesa comprovaram em relatório que houve fraude nas eleições e deram 72 horas para o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, se explicar. As cortes eleitoral e militar, bem como a pasta do Executivo, desmentiram as alegações que circulam nas redes sociais com esse teor. Não há provas de que o pleito encerrado no domingo (30) foi fraudulento.
O STM (Superior Tribunal Militar) não convocou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, a dar explicações sobre fraudes nas urnas ao obter uma “auditoria do Exército”, como afirmam postagens nas redes sociais.
A corte militar afirmou que não recebeu nenhum documento nem convocou o ministro. Haverá um relatório produzido pelas Forças Armadas sobre as eleições, mas ainda não está pronto: segundo o Ministério da Defesa, será divulgado em até 30 dias depois do fim do trabalho de fiscalização.
O TSE disse que não recebeu nenhum documento, e nega a existência de indícios de que o pleito foi fraudulento. Além disso, não há registro de fraude nas eleições de 2022: na noite de domingo (30), o TCU (Tribunal de Contas da União) apresentou dados preliminares da avaliação de uma auditoria de 604 boletins de urnas que mostrou que não há nenhum tipo de divergência.
Uma comissão de observadores internacionais também não encontrou indícios de manipulação, assim como a OEA (Organização de Estados Americanos) concluiu pela inexistência de fraudes, apesar do contexto violento e da polarização política.
Confira o abaixo assinado fotocopiado com as primeiras assinaturas:
Em dois de novembro de dois mil e vinte e dois, em frente ao quartel general do exército brasileiro, da cidade de Ilhéus-Bahia, reuniram-se brasileiros patriotas, para manifestarem-se seu repúdio às fraudes perpetradas no voto para presidente da república, fraudes essas já comprovadas por auditorias, ao tempo em que pugnam para que as forças armadas, em nome da lei e da ordem constitucional, tomem medidas no sentido de garantir a lisura das eleições, bem como, o direito à liberdade de ir e vir, à liberdade de expressão, imprensa livre e a garantia à vida, assim, buscando todos os direitos acima elencados, os patriotas de Ilhéus e região subscrevem o texto. Ilhéus, cinco de novembro de dois mil e vinte e dois.
No final da tarde deste sábado (5), a polícia militar desbloqueou a rua que estava ocupada há quatro dias por bolsonaristas em frente ao exército. Confira o vídeo:
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