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SERVIDORES REALIZAM ASSEMBLEIA NESTA 4ª PARA ANALISAR PROPOSTA DE JABES

Servidores municipais ilheenses, em greve há mais de 60 dias, realizarão assembleia geral nesta quarta-feira (25), às 8h, no ginásio de esportes Herval Soledade, para discutir a proposta que será apresentada pelo governo e decidir os rumos da paralisação. A expectativa é de que o prefeito Jabes Ribeiro decida cumprir a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade fiscal, que garante a reposição salarial anual dos trabalhadores e o piso nacional dos professores.
De acordo com os representantes dos cinco sindicatos dos trabalhadores públicos municipais, a greve só acaba com a assinatura do acordo de campanha salarial e o cumprimento da lei que garante a reposição de 5,8% para os servidores e de 7,97% para os professores, conforme prevê a lei do piso nacional.
Os líderes sindicais informaram que o desejo dos trabalhadores é que o governo sinalize para o fechamento do acordo, para que os serviços na Prefeitura possam voltar à normalidade, garantindo o atendimento aos cidadãos.
Os presidentes de sindicatos reafirmam que a greve dos servidores só interessa ao prefeito, que vem transformando a cidade em um verdadeiro caos. Prova disso, conforme relatam os trabalhadores, é que a situação de Ilhéus estava crítica mesmo antes da greve. “Desde o início do ano os postos de saúde foram desativados, muitas escolas não iniciaram o ano letivo, a cidade está esburacada, a zona rural foi abandonada e nada vinha funcionando. E isso não é culpa da greve. A culpa é desse prefeito que já demonstrou que não tem mais condições de continuar governando Ilhéus”, complementaram.
Os líderes sindicais foram unânimes em afirmar que tem feito tudo que é possível para assinar o acordo e acabar com a greve, mas o governo municipal se recusa a cumprir o que manda a legislação, que é a revisão salarial anual prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal. Além de não reivindicar o reajuste e sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas.
Os sindicatos dos trabalhadores também se comprometeram em continuar nas discussões com o governo para analisar os verdadeiros índices da folha de pagamento e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município. “Os servidores querem trabalhar. Acabar com a greve depende apenas do prefeito. Mas isso ele não quer porque vai acabar ficando provada sua incompetência e vai mostrar que não vem fazendo nada pela cidade”, finalizaram os líderes sindicais.