As constantes greves que vem se sucedendo na cidade Ilhéus começam a atingir até mesmo os prostíbulos instalados no município, a exemplo do “Espelho” e da casa de “Tia Edinha”, ambos situados no bairro do Malhado, e a recente inaugurada Boite Night no Bairro Nossa Senhora da Vitória, zona sul da cidade. O prejuízo é pela falta de liquidez no mercado em função da greve bancária, o paradeiro é geral nos chamados ‘bregas’, ambientes que formalmente são intitulados de boites e que na verdade são autorizados para funcionar como bar. Todos possuem o Alvará de Funcionamento, legalmente, fornecidos pela prefeitura.
As meninas que ali prestam serviços reclamam que a falta de dinheiro em espécie na praça, vem prejudicando as suas atividades e que os poucos clientes que aparecem só querem pagar com cheques ou cartão de crédito. Como essas ‘casas comerciais do amor’ não trabalham com cartão de crédito, as proprietárias dos bregas são obrigadas a receber em cheques. (pagamento do quarto, da bebida e do sexo).
Como as agências bancárias estão em greve não há como sacar esse título de crédito e repassar para as profissionais do sexo a parte que lhe cabem (miché). Diante do impasse as meninas já pensam em entrar também em greve, até que as coisas se normalizem. Para Lolita (nome fictício), uma das fornecedoras da ‘matéria prima’, a situação está intolerável. “Sem dinheiro não dá pra trabalhar. Estou sem cigarro e sem dinheiro pra mandar pra meus filhos”. Lolita vai além: “O governo deveria ter uma lei que pudesse nos ajudar tipo Bolsa sexo, seguro-desemprego ou mesmo ajuda de custo para os momentos de dificuldades”.
Segundo informações apuradas de um cafetão, as greves que ocorrem em Ilhéus poderá gerar outra greve. A paralização das prostitutas.
Consultando um advogado da cidade sobre a legalidade de uma possível greve das prostitutas, afirmou que mesmo sendo uma profissão já regulamentada, ela seria ilegal. “O artigo 5º da Constituição Federal impede que as meninas decretem estado de greve. É a lei”. TIRA O DIREITO DE ‘IR’ e ‘VIR’ do cidadão.