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OBRAS DO FECHAMENTO DO 2º TRECHO DO CANAL DO MALHADO ESTÃO PARALISADAS

As obras referentes ao fechamento do 2º trecho do Canal do Malhado, uma importante empreitada na cidade (relembre aqui), encontram-se paralisada. A causa dessa interrupção é a falta de pagamento dos funcionários, que deveriam ter recebido seus salários na última quinzena, mas até o momento não tiveram seus vencimentos creditados.

Atualmente, a obra conta com uma quantidade reduzida de funcionários, de 15 a 20, o que está tornando o trabalho extremamente árduo e difícil, considerando o tamanho do projeto. De acordo com os trabalhadores, o ideal seria ter entre trinta a cinquenta pessoas atuando na construção, para que o ritmo e a eficiência pudessem ser adequados às necessidades da empreitada.

A situação se agrava ainda mais diante das condições em que os funcionários se encontram. Além da falta de pagamento, os trabalhadores relatam que o fardamento não está adequado, com botas e calças furadas, e a empresa responsável pela obra não oferece recursos para substituição desses itens desgastados. Isso cria um ambiente desfavorável para a execução das tarefas e coloca em risco a integridade física dos trabalhadores.

Segundo relatos de um engenheiro responsável pela obra, a empresa AMF, responsável pela execução do projeto, está enfrentando problemas de pagamento e recebimento junto à Prefeitura. Uma medição foi realizada, e a empresa deveria receber cerca de R$ 1,2 milhão pela parte executada. No entanto, o processo ficou parado na Prefeitura após a concordância com o valor, devido a um bloqueio de contas correntes causado por um sequestro judicial.

Embora a Prefeitura tenha sinalizado o pagamento de um adiantamento de R$ 200 mil, como medida paliativa, essa quantia é consideravelmente inferior ao valor devido, causando insatisfação entre os trabalhadores. Além disso, o pagamento desse montante está sendo vinculado à aprovação de uma planilha de aditivos em análise na Conder, em Salvador, o que adiciona mais incerteza e atraso ao recebimento.

Um dos trabalhadores desabafou sobre a difícil situação enfrentada pelos operários, chegando a afirmar que está pagando para trabalhar, ao invés de receber pelo seu esforço e dedicação. Diante desse cenário preocupante, os funcionários aguardam uma solução urgente para o impasse, a regularização dos pagamentos e melhores condições de trabalho.

A situação das obras do Canal do Malhado é um reflexo da má gestão em projetos de infraestrutura, onde questões de pagamento e burocracia podem comprometer a continuidade e o bem-estar dos trabalhadores envolvidos. Além dos funcionários, o comércio e moradores no entorno da obra, seguem com os transtornos, que uma obra dessa magnitude gera, no quesito locomoção e acumulo de lamas.

Resta esperar que as autoridades competentes e a empresa responsável encontrem uma resolução rápida e justa para essa delicada situação.