Isaquias Queiroz planeja construir uma escolinha de canoagem e remo com o objetivo de proporcionar mais uma atividade atlética que possa ser praticada paralelamente às belezas naturais de Ilhéus e contribuir para uma maior qualidade de vida.
Isaquias Queiroz, nascido em Ubaitaba, Bahia, em 3 de janeiro de 1994, é uma das maiores estrelas do esporte brasileiro. Sua jornada na canoagem é uma história de perseverança, paixão e comprometimento, marcada por um desejo constante de superação.
O atleta descobriu sua paixão pela canoagem aos 12 anos, quando teve a oportunidade de participar de uma aula experimental. Essa experiência única moldou seu destino e, desde então, seu compromisso com o esporte foi inabalável. Aos 18 anos, fez sua estreia internacional no Campeonato Mundial Júnior, onde chamou a atenção por seu trabalho árduo e talento excepcional.
O nome de Isaquias Queiroz se tornou conhecido mundialmente nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. No entanto, seu feito mais notável veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Lá, ele conquistou três medalhas: duas pratas e um bronze, tornando-se o único atleta brasileiro a alcançar tal feito em uma única edição olímpica.
Recentemente uma postagem no site repercutiu, na qual um morador de Ilhéus flagrou o atleta, treinando na baía da Sapetinga. Diante disse, o Ilhéus 24h teve o privilégio de receber um convite de Isaquias para uma entrevista em sua residência, em Ilhéus. O atleta olímpico abriu as portas de sua casa para compartilhar suas experiências e planos, proporcionando uma visão única de sua jornada inspiradora e de suas ambições para a comunidade local.
i24h: Ao retornar à Bahia, o que motivou sua decisão de voltar às suas raízes em Ilhéus depois de tanto tempo fora?
IQ: “Primeiramente, a mudança foi pela questão de me sentir melhor, tanto mentalmente quanto fisicamente. Já fazia quase 15 anos que eu estava fora da Bahia. Fora da Bahia assim, né? Minha casa é em Ubaitaba. Mas eu vivia entre a Seleção e as férias.”
i24h: Compreendemos que a Bahia desempenhou um papel importante em sua vida. Poderia falar um pouco mais sobre como sua terra natal influenciou positivamente sua jornada esportiva?
IQ: “Quando eu estava treinando muito tempo pesado, às vezes o treinador percebia que eu estava já um pouco deprimido, um pouco já triste ou cansado. Ele fazia aquilo, pode ir para a Bahia, passar uma semana na Bahia. Quando eu voltava para a Seleção, depois de uma semana, eu voltava muito melhor ainda.”
i24h: Ao decidir voltar para a Bahia, enfrentou alguma resistência ou desafios? Poderia compartilhar mais sobre as dificuldades que encontrou ao tomar essa decisão?
IQ: “Eu vim para a Bahia, mas no começo as pessoas não queriam. Não gostavam. Até eu batia muito na tecla perguntando se tinha algum problema com a Bahia. Porque, como eu falo, em São Vicente deu certo. No Rio de Janeiro deu certo. Em São Paulo deu certo. E em Minas Gerais também deu certo, porque na Bahia não pode dar.?”
i24h: Com relação à sua ideia de estabelecer uma escolinha em Ilhéus, quais são seus planos e objetivos para essa iniciativa e como espera impactar a comunidade local?
IQ: “A ideia é oferecer a jovens talentos locais a oportunidade de descobrir seu potencial na canoagem e também transmitir os valores de disciplina, perseverança e trabalho em equipe. Espero que essa escolinha possa servir como um trampolim para jovens aspirantes a atletas e, quem sabe, produzir futuros campeões olímpicos.”
i24h: Como está sua relação com o poder público, estadual e municipal?
IQ: ”Eu fui à prefeitura de Ilhéus agora. Exatamente para ver se a prefeitura vai me abraçar. Abraçar sim. Se você precisar de alguma coisa, a gente tá aqui… É porque eu quero estar conectado com a cidade. Então eu quero divulgar isso paro o mundo todo que eu tô aqui. Mas eu quero estar conectado. Porque depois eu não quero ganhar o Mundial ou a Olimpíada. E falar. A prefeitura ou o governo do estado. Publicar foto. Só que nunca teve nenhuma conversa.”
Confira o vídeo abaixo:
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