Uma mulher de 43 anos foi morta a facadas em Ilhéus, no sul da Bahia, na noite de quinta-feira (9). O principal suspeito de cometer o crime é o ex-companheiro da vítima e, na casa em que ela morava, ameaças e xingamentos foram escritos na parede. Até esta sexta-feira (10), ninguém foi preso.
“Traiu o marido sua forasteira falsa crente. Você vai ter que pedir perdão a Deus, ao seu marido, a igreja, aos vizinhos e a comunidade se você quiser viver”. “Se você não perdoar seu marido em cinco dias, seu cabelo será raspado, sua cara de pu** fingida de santa será cortada de gilette. Você armou laço para seu marido ir em cima de você só no sentido de você prejudicar a vida dele. Você chamou a polícia para perto da biqueira três vezes, prejudicou nosso comércio. Você tem três dias para perdoar seu marido e dois dias para voltar a viver com ele”, diz o texto escrito na parede branca.
A suspeita de feminicídio aconteceu no bairro Nossa Senhora da Vitória e, de acordo com a Polícia Civil, a vítima foi identificada como Jocélia Mendes de Melo.
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência, mas, quando chegou no local, Jocélia estava morta. O corpo foi encontrado no chão, no meio da rua, e levado para o Departamento de Polícia Técnica, onde vai passar por necropsia.
Pessoas que moram na região apontaram que o principal suspeito de matar a vítima é o ex-companheiro. Em nota, a Polícia Militar informou que o homem, que não teve o nome informado, tinha histórico de agressões e descumpriu medida protetiva contra a vítima.
Com base no texto escrito na parede da casa da vítima, a motivação do crime teria sido uma suposta traição. Jocélia teria sido agredida e, por isso, acionado a polícia, o que irritou ainda mais o autor.
O suspeito deu três dias para que ela perdoasse as supostas agressões e voltasse a viver com ele. Caso não obedecesse, as consequências seriam ter o cabelo raspado e o rosto cortado.
Apesar das informações escritas na parede, a polícia ainda não confirmou a motivação, nem a autoria do feminicídio, e seguirá com as investigações. Informações do G1.