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CÂMARA DE VEREADORES ABORDOU SITUAÇÃO DE CRIANÇAS ATÍPICAS EM PLENÁRIO

Por meio da solicitação do vereador Tandick Resende (UNIÃO BRASIL), a Câmara de Vereadores de Ilhéus concedeu uso da palavra à representante do grupo de mães de crianças atípicas de Ilhéus, sra. Quelle Santos de Queiroz, durante a 17ª Sessão Ordinária, realizada na última terça-feira (09).

O vereador Tandick ressaltou a luta da Defensoria Pública da Bahia acerca da temática em Ilhéus. O parlamentar que também é defensor público expôs que ouviu relatos de uma mãe que a criança, quando tinha 7 anos de idade, entrou na fila de espera para atendimento com psicólogo e hoje está com 14 anos e ainda não foi disponibilizado o psicólogo.

O vereador louvou a ideia das mães de criar esse grupo e ressaltou que, se elas não se organizarem, poderemos ter uma continuidade dessa falta de inclusão. “Eu conclamo as mães que continuem a luta. Vocês devem continuar a luta e podem contar conosco”, afirmou.

Acerca da saúde, a Sra. Quelle parabenizou a Dra. Ana Carolina, única neuropediatra que atende atualmente pelo SUS no município, mas ressaltou que tem mães esperando pelo atendimento de seus filhos há mais de 2 anos. “A farmácia municipal está sem fralda desde novembro, então mães que não recebem benefício ficam como?”, questionou.

“A criança especial ela não precisa de uma babá, ela não precisa de mais uma mãe, porque ela já tem a mãe dela. Ela precisa de um mediador, que é essa pessoa, que esse acompanhante especializado fique com ela para que ela tenha inclusão. A gente não quer segregação, a gente não quer exclusão, a gente quer inclusão, o que não está tendo no município de Ilhéus”, disse a mãe.

A Sra. Quelle expôs também que o grupo mães de crianças atípicas da cidade, possui atualmente mais de 200 mães e que, em sua maioria, são mães solo e provedoras do seu lar. A representante citou os vários direitos que as crianças atípicas possuem e que muitos não estão sendo cumpridos no município. Alguns deles são:

– Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) para sanar a dificuldade de identificação visual do autismo;

– Atendimento educacional especializado, individual e diferenciado, previsto na LDB (popularmento conhecido como coensino);

– Acompanhante especializado, previsto na Lei Berenice Piana;

– Professor de apoio especializado, acompanhante pessoal e atendente especializado, previstos na LBI;

– Acompanhamento multidisciplinar para crianças e responsáveis.