O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA) denunciou nesta semana as condições precárias e o ambiente de pressão psicológica na obra da ferrovia em Uruçuca, conduzida pela PRUMO, subcontratada da BAMIN.
A queixa foi impulsionada pela situação de Rodrigo Lima, funcionário demitido após não utilizar o cinto de segurança durante o trajeto para o local de trabalho. Segundo o sindicato, as práticas adotadas pelas empresas têm gerado insegurança e sobrecarga emocional, especialmente para os terceirizados.
O Sintepav-BA descreve um cenário onde regras rigorosas, como a “Regra de Ouro” da BAMIN, resultam em cobranças intensas e ameaças constantes de demissão, afetando diretamente a saúde mental dos trabalhadores. Lima, que alegou estar sob alta pressão, tentou recorrer para que fosse aplicada uma advertência em vez da dispensa, mas sua solicitação foi ignorada, agravando sua situação de vulnerabilidade. O sindicato argumenta que o episódio revela um ambiente de trabalho degradante, marcado por assédio e desrespeito aos direitos laborais.
Na quarta-feira (23), um dia após sua demissão, Lima sofreu um grave acidente de trânsito, episódio que o Sintepav-BA vincula ao abalo emocional decorrente do desligamento abrupto e do ambiente adverso na obra. Para o sindicato, a situação evidencia não apenas a precariedade das relações trabalhistas, mas também os riscos reais que a pressão psicológica imposta aos trabalhadores representa para sua segurança e bem-estar.
Diante dos fatos, o Sintepav-BA anunciou que acionará o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência do Trabalho para investigar as denúncias e responsabilizar as empresas pelas condições relatadas. O site Ilhéus 24h oferece o devido direito de resposta aos citados, assegurando espaço para que PRUMO e BAMIN possam apresentar seus posicionamentos sobre o caso.
