Gabriel Braga terminou em terceiro do ranking e Uri Valadão em quinto
A Bahia é de Gil, Gal, Caetano; do boxe, canoagem, bavi; de dendê, acarajé, moqueca; cheia de complementos, adjetivos e substantivos. E todo tempo surgem novos aditivos. Com dois dos cinco melhores surfistas do mundo, é difícil negar que a Bahia também é do bodyboarding. Com apoio de passagens concedidas pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Gabriel Braga terminou em terceiro do ranking mundial e Uri Valadão em quinto.
Em 2023, Gabriel ficou em décimo primeiro no ranking mundial da modalidade e sem conquistar nenhum pódio. Por isso, não titubeia ao dizer que “esse foi meu melhor ano no esporte”. O atleta foi consagrado como terceiro melhor do mundo no bodyboarding – vencedor da etapa no Marrocos em fevereiro e conquistou quatro pódios ao longo do circuito mundial.
Das sete etapas, Gabriel viajou com passagem concedida pela Sudesb em cinco. Duas disputas no Chile, Rio de Janeiro, Maldivas e Portugal foram os destinos de Gabriel com apoio da superintendência. “Esse resultado meu e de Uri é fruto de um trabalho coletivo feito em conjunto que a Sudesb. É algo feito há mais de três anos e agora estamos colhendo os frutos. Sem esse apoio, não teria conseguido fazer o circuito que fizemos esse ano”, afirma Gabriel.
Numa sequência de dois anos como melhor brasileiro do circuito, Gabriel tem em seu currículo o título de bicampeão baiano profissional, nas categorias sub 18 e open, além disso foi vice-campeão brasileiro open e campeão sergipano profissional. Mesmo com essa bagagem, há uma diferença nas competições internacionais, como, por exemplo, nas Ilhas Canárias, de acordo com o surfista.
“É um tipo de onda diferente com o que estamos acostumados, uma onda pesada, fundo de pedra. Não tem muitas dessas ao redor do mundo e nem na Bahia. O grande desafio pra gente é se adaptar a esse tipo de onda, que é a mais cobiçada do circuito todo. Muita gente vem pra surfar só essas ondas”, explica.
Nessa etapa final e tão disputada Gabriel e Uri terminaram empatados em terceiro lugar, resultado, que de acordo com Uri Valadão, é quase como uma vitória. “É um evento que vem gente do mundo inteiro, um dos campeonatos mais difíceis do ano. Então, chegar ali no pódio é uma missão bem difícil e o terceiro lugar já é como uma vitória. É uma onda super perigosa. Já morreu gente surfando aqui. Então, temos muito respeito por ela”, conta.
Já o campeão mundial, pentacampeão Brasileiro, bi campeão Pan-americano e tricampeão Latino-americano, Uri Valadão, alcançou o quinto lugar no ranking mundial este ano e segue entusiasmado com os desafios do esporte. Ele também viajou para cinco etapas deste ano com passagens aéreas concedidas pela Sudesb. Dentre elas, a última do ano nas Ilhas Canária, que o ajudou a se manter entre os cinco melhores do mundo em 2024.
“É um resultado que motiva bastante. Foram grandes resultados ao longo do ano. Consegui manter uma constância fantástica, com vários pódios e terminar entre os cinco do ano, o que não é mole. Estou super feliz e isso vai me motivar ainda mais para o ano que vem”, conta Uri.
Ainda celebrando os grandes resultados, Gabriel e Uri já vislumbram os desafios para 2025 e projetam voltar ainda mais fortes em busca do título. Para quem sabe assim, tornar a Bahia ainda mais a terra – ou as águas – do bodyboarding mundial.