A segurança do Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, é frequentemente questionada devido à impressão de que sua pista seria “curta” e sua proximidade com áreas urbanas. No entanto, o piloto internacional Alexandre Mendes garante que esses fatores não comprometem a operação segura no local.
“Nenhuma companhia aérea arriscaria sua tripulação, passageiros e operação em um aeroporto perigoso. O custo de um acidente seria devastador, tanto em vidas quanto para a empresa”, afirmou Mendes durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM.
Ele ressaltou que a aviação é uma das indústrias mais rigorosas em termos de segurança, seguindo normas internacionais que exigem o cumprimento de dois critérios essenciais antes de qualquer operação: segurança e legalidade. “Sem atender a esses parâmetros, nenhuma aeronave pousa ou decola”, garantiu.
A percepção de insegurança sobre a pista foi abordada por Mendes, que desmistificou a ideia de que sua extensão é insuficiente. “As pessoas dizem que a pista é curta, mas ninguém sabe o tamanho exato dela. Essa impressão vem de situações como o freio mais forte ou a decolagem baixa sobre o rio. Tudo isso é normal e não significa risco”, explicou.
O piloto destacou ainda os sistemas avançados das aeronaves, que realizam cálculos automáticos para garantir que a operação seja viável. “Se a pista não for adequada, o próprio computador de bordo alerta e a operação é interrompida. Segurança e legalidade sempre prevalecem”, pontuou.
Apesar do respaldo técnico e operacional, a localização do aeroporto em uma área urbana levanta questões sobre planejamento. Uma pista tão próxima das casas não é o cenário ideal, mas a segurança das operações permanece assegurada pelas normas e pela tecnologia empregada na aviação.