Na manhã de segunda-feira (17), moradores de Ilhéus organizaram um protesto no centro da cidade para reivindicar melhorias no transporte coletivo. O ato contou com a participação de estudantes, trabalhadores e moradores da zona rural, que relataram dificuldades diárias com os atrasos, a precariedade dos veículos e a falta de comprometimento das empresas que prestam o serviço.
Durante a manifestação, o professor Anderson Marcelo, conhecido como professor Marcelo da Atraduc, foi detido por policiais. Em vídeos divulgados nas redes sociais, ele aparece sendo conduzido pela força policial, sob a alegação de desacato. Testemunhas contestam a versão oficial e afirmam que o professor apenas exercia seu direito de protesto pacífico quando foi abordado de maneira truculenta. O próprio professor Marcelo alega que sua detenção foi arbitrária e injustificada (confira aqui).
A revolta com a situação do transporte público tem se intensificado nos últimos tempos. Na semana passada, um atraso de 40 minutos na linha Novo Ilhéus – Nelson Costa gerou grande indignação entre os passageiros, prejudicando estudantes e trabalhadores que dependem do ônibus para seus compromissos diários (relembre aqui). Além disso, circulam nas redes sociais imagens e relatos de ônibus quebrados nas vias vicinais e na zona urbana, evidenciando a fragilidade da estrutura oferecida pelas empresas concessionárias (confira).
Novos vídeos questionam versão policial
Horas após a detenção do professor Marcelo, um vídeo inédito extraído de seu celular foi divulgado, contestando a acusação de desacato. As imagens mostram que, em nenhum momento, ele se opôs à ação policial ou agiu de maneira ofensiva. O material tem sido amplamente compartilhado nas redes sociais, reforçando a indignação da comunidade.
Até o momento, a 68ª CIPM não se manifestou sobre o caso.
Em meio às manifestações, o prefeito de Ilhéus se reuniu com representantes do movimento e propôs a criação de uma comissão para acompanhar de perto a situação do transporte público na cidade. Mais detalhes podem ser conferidos nesta matéria.
Seguimos acompanhando o caso para atualizações.
