A dengue hemorrágica fez a primeira vítima de 2014, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O jovem, de 15 anos, que estava internado no Hospital Calixto Midlej Filho, morreu no último sábado (18). Por ser natural da cidade de Coaraci, o caso será registrado lá.
Dados preliminares de 2014 já registraram 325 casos de dengue em municípios baianos, segundo boletim da Sesab. Somente em Salvador, foram 127 casos registrados, além de Feira de Santana (53), Itabuna (46), Jequié (22) e Teixeira de Freitas (15). Outros dois casos no estado são considerados graves, mas a Sesab não informou onde as vítimas estão internadas.
Uma prévia do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Lira) realizado em 50 mil imóveis, entre os dias 5 e 11 de janeiro, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revelou que Salvador está em estado de alerta com relação à dengue. De acordo com o levantamento, cidade registrou um índice médio de 2,6%, com variação entre área com baixo percentual e outras onde que apresentaram alto risco de contaminação pela doença.
É considerado de baixo risco pelo Ministério da Saúde índice de infestação menor que 1%. Acima de 1% até 3,9% representa um sinal de alerta. Já a partir de 3,9%, a área é classificada como de alto risco de contaminação pela dengue.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães, o próximo passo, agora, é a finalização das análises por Distrito Sanitário e bairros. O processamento dessas informações, que deverá ser concluído no final da próxima semana, permitindo que a secretaria intensifique as ações de combate e controle nas áreas com maior incidência do mosquito transmissor da dengue.
Entre essas medidas se destacam os mutirões de limpeza, em parceria com a Limpurb, as ações de educação e saúde e colocação de larvicidas em residências e pontos considerados de risco para evitar a proliferação dos insetos.
A coordenadora destaca que, além das ações em áreas específicas, ao longo de todo o ano a SMS desenvolve ações de rotina em toda a cidade, visando reduzir os riscos de disseminação da dengue. “Hoje, contamos com cerca de 1,8 mil agentes de endemias que, em todo o ano passado, visitaram mais de 3,8 milhões de imóveis implementando ações de combate à dengue.