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DILMA AUTORIZA EXÉRCITO A AGIR EM CONFLITO NA REGIÃO

Cerca de 700 soldados estavam abrigados em Ilhéus, no estádio Mário Pessoa, esperando a ordem para agir. Foto: Danilo Matos/ Ilhéus 24h.
Cerca de 700 soldados estavam abrigados em Ilhéus, no estádio Mário Pessoa, esperando a ordem para agir. Foto: Danilo Matos/ Ilhéus 24h.
A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto que autoriza o Exército a atuar na região de Una e Buerarema, onde produtores rurais e índios estão em conflito por causa da disputa de terras. Nesta sexta-feira (14), o Exército está reunido para definir as estratégias de trabalho. O decreto foi assinado na noite de quinta-feira (13).
Cerca de 700 soldados desembarcaram essa semana na região e aguardavam a assinatura do decreto para começar as ações de reforço de segurança, que já está sendo feita por homens da Força Nacional. Ainda na manhã desta sexta, a Polícia Rodoviária Federal informou que também deslocou mais homens para área de conflito. Eles vão atuar evitando o bloqueio das rodovias.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, informou em entrevista na quarta-feira (12) que conversou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com a direção do Ministério da Defesa e com a Presidente Dilma Rousseff sobre a situação na região.
“Cada um tem suas convicções, têm o direito de defender aquilo que acredita que é o seu direito. Agora, não pode fazer isso à margem da lei. Nem assassinando, como aconteceu com aquele produtor rural, e nós estamos na investigação, nem querendo depredar o patrimônio público, quebrando uma ponte de uma estrada tão importante quanto a BR-101”, disse o governador durante cerimônia de inauguração do complexo policial de Feira de Santana, a 100 km de Salvador.
O governador enviou na quarta-feira um documento solicitando a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para as regiões em que acontecem conflitos de terra entre índigenas e produtores rurais. Wagner pediu atenção especial às cidades de Buerarema e Una.
Wagner também comentou que se dirigiu ao gabinete de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e que é necessário que a Corte crie uma “normativa pacificadora” para a região. “O conflito existe e ele só vai ser terminado com uma sentença do maior terminal do Brasil, que é o Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso não acontece, nós temos que ter um pacto de convivência”, disse.