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DIÁLOGO COM A SOCIEDADE ILHEENSE SOBRE OS SEUS MORADORES DE RUA

Por Edson Alves, cientista social pela UESC

edsonO porquê das ruas

Dessa maneira, acreditamos que todos esses processos de mudança de configuração econômica local e internacional, ocasionada com a derrocada do cacau, influenciaram um alto número de sujeitos a viverem nas ruas da cidade

Antes de qualquer coisa, cabe lembrar que quando buscamos caracterizar as transformações sociais ocorridas no século XX e nesse início de século XXI, com a chamada globalização, percebemos o abismo social que é protagonizado pelo chamado capital financeiro internacional, aliado às transformações econômicas, políticas e culturais e que transformam as rotinas do nosso tempo para satisfazer a burguesia.
De acordo com Mattei (2004), “no início do século XXI, o mundo assiste a uma grande contradição, há muita pobreza em meio a abundancia”. O que resulta dizer em outras palavras, que no advento da globalização, a desigualdade se mostra com a sua faceta mais cruel, pois existem pessoas que alijadas deste processo que se faz mais intenso nos países em desenvolvimento, acabam por terem  suas vidas drasticamente modificadas em  função deste novo modelo econômico, onde as desigualdades se acirram  gerando profundas contradições e em  alguns casos, a miséria.
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