O conceito de “espaço público” parece que está totalmente distorcido em Ilhéus e há anos vem suscitando interpretações equivocadas. Em especial por parte de comerciantes e donos de bar.
Eles devem crer piamente que, por ser público, e não necessariamente ser propriedade de uma pessoa física, calçadas, praças e afins, podem ser utilizados aos seus bel prazeres.
E nessa onda de incompreensão, proprietários de lojas e em especial donos de bar, acreditam que os logradouros públicos são espécies de extensão dos seus estabelecimentos. Pouco importa se mercadorias colocadas no meio de uma calçada irão atrapalhar o fluxo dos pedestres. Pouco importa se cadeiras e mesas plásticas espalhadas em um pequeno largo ou calçadão, dificultará o trânsito de cadeirantes e portadores de deficiência em locomoção.
Nada importa, a não ser o benefício de alguns em detrimento à coletividade.
E se há uma situação democrática, que atinge os bairros de periferia e os tidos mais nobres, com certeza é o citado caso da usurpação dos espaços públicos. Do Vilela, passando pelo Malhado, chegando ao Nelson Costa e parando no Centro Histórico, os casos se sucedem sob as vistas grossas da secretaria municipal competente.
No chamado Quarteirão Jorge Amado, há casos absurdos, que já são considerados normais. Mas não são. E merecem ser fiscalizados e autuados, como qualquer outro estabelecimento. Ou invadir calçadas é algo legal? Pelo que nos consta não é e nunca será.
O erro e o prejuízo à coletividade jamais há de ser convencionado.
E aí secretário Albagli?