“Vai um cafezinho senhor?”. Vida de mordomo não é uma das tarefas mais fáceis que temos notícias. Obrigado a atender os caprichos dos seus patrões, entre variações de mau humor e calundús, tal categoria ainda se vê na obrigação de estar sempre impecável, além de necessariamente, ter que dominar as chatérrimas regras de etiqueta.
Mas as aporrinhações da profissão não são uma regra. Pelo menos para os mordomos que servem o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB), em sua residência oficial.
Destacados para servir cafezinho, refeições e organizar os serviços gerais, o mordomo do senador recebe mensalmente a bagatela de R$ 18,2 mil brutos. Já os dois garçons da casa recebem um pouco menos, mas nada que se compare ao salários dos trabalhadores brasileiros em média: R$ 10,7 mil e R$ 11,6 mil.
Além desse dispendioso séquito de empregados, Calheiros anda dispõe de mais dois garçons, para lhe servir na presidência do senado.
Eles integram o mesmo grupo de servidores terceirizados que, em setembro de 2001, conseguiu cargos de confiança para continuar atuando como garçons.
A remuneração individual deles foi de R$ 8,2 mil no mês de março.