Os movimentos do mês de sensibilização da doação de órgãos em Ilhéus estão sendo realizados em vários locais, de livre escolha: Hospital Regional de Ilhéus; Centro espírita do Pontal; Faculdade Madre Thaís; Agentes de Endemias; Secretaria Municipal de Saúde; Hospital de Ilhéus; Escolinha Comecinho de Vida; Maternidade Santa Helena e Hospital São José.
A comemoração do dia Nacional da Doação de Órgãos se realizará no dia 27 de setembro. Apostando na adesão da sociedade, com apoio de profissionais de saúde e da múcua, para um dia tornar essa espera por um órgão menos longa e dolorosa, a COSET(Coordenação do sistema Estadual de Transplantes) vem desenvolvendo durante o esse mês, diversas ações para sensibilização da sociedade.
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Atualmente, cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada 10 pessoas abordadas, metade se nega a doar os órgãos de seus familiares. A recusa ainda é um dos motivos para a falta de doadores e está relacionada à falta de manifestação da vontade de doação em vida. Geralmente quando o indivíduo se manifesta a favor da doação os familiares autorizam. A principal dificuldade para o aumento do número de doadores é, exatamente, o baixo nível de informação sobre o assunto.
No dia 17 desse mês, ocorreu a primeira doação de múltiplos órgãos, beneficiando pacientes que estão à espera de um transplante, e ampliando para 73 o número de doações de múltiplos órgãos contabilizadas na Bahia, esse ano.
O doador havia manifestado em vida, o desejo de doar seus órgãos, sendo atendido pela família. Uma equipe do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), com o apoio de profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Extremo Sul realizou a captação dos órgãos doados.
O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes destacou a atitude de solidariedade da família do doador, que autorizou a doação e, com isso, possibilitou que várias vidas fossem salvas. De acordo com Eraldo Moura, a Bahia ainda registra um elevado índice de negativa familiar – mais de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam.
Ainda segundo Eraldo Moura, municípios do interior do Estado tem realizado, com freqüência, o diagnóstico de morte encefálica e doação de órgãos, mostrando que as ações para a interiorização das atividades de doação/transplantes de órgãos estão sendo positivas. Já foram registradas doações em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Jequié, Alagoinhas, Guanambi, Barreiras, Ilhéus, Itabuna e Teixeira de Freitas.