Alguns acontecimentos possuem a grande quantidade de carregarem simbolismos, que no mínimo devem servir para que reflitamos. E isso é o que se sucedeu essa semana, na sede do Núcleo de Atenção Especializada (NAE), situado na avenida Soares Lopes, em Ilhéus.
Tal órgão municipal, vinculado à secretaria de Saúde da prefeitura de Ilhéus, tem como função, atender pessoas com deficiência física, que possuem paralisia cerebral, sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou acidente com repercussão física, além de fornecer meios auxiliares de locomoção e órteses, e realizar diagnósticos para conceder o passe livre.
Vejamos, essa semana, um paciente do NAE, portador de dificuldade de locomoção devido a um AVC, se acidentou ao tentar adentrar no espaço. Isso, porque a calçada é uma verdadeira armadilha, visto que, composta inicialmente por aquelas pedras portuguesas, está completamente desnivelada, dificultando a vida de pedestres normais, e ainda mais os que possuem dificuldade de locomoção.
Ontem (27), flagramos uma cena que servirá como uma luva para ilustrar a situação que, ao nosso ver, é completamente absurda. Um cadeirante, também objetivando adentrar no NAE, passou por maus bocados, ante a situação da calçada.
Pois é caros leitores, um imóvel que abriga um núcleo para atender pessoas com dificuldade de locomoção, e que não oferece acessibilidade suficiente para que tais possam adentrá-lo, é, ao nosso ver, uma das maiores contradições já vistas nessas bandas das Terras do Sem Fim.
Porque a notícia não para 
