Vereadores que votaram a favor do projeto, exceto o ver. Alzimário Belmonte (Gurita).
Qual a função de um vereador? Dentre algumas, a que mais se destaca, é a de representar politicamente a população do seu município, sugerindo a criação de leis, e, em especial, fiscalizando o poder executivo, ou seja, a prefeitura.
Mas em Ilhéus, a maioria dos vereadores, os que compõem a base aliada do prefeito Jabes Ribeiro, parece simplesmente negligenciar as suas funções sociais. Ou pior, agem para prejudicar àqueles que os elegeram, e, ao invés de fiscalizar os descalabros da prefeitura, são marionetes a serviço dos devaneios do poder executivo.
Contra fatos não há argumento contrário. E prova disso foi o que se sucedeu na sessão de ontem (09), que perdurou até o começo da madrugada de hoje. Agindo com grande irresponsabilidade, e, explicitando as suas funções de “seres manipulados”, os vereadores Rafael Benevides, Luiz Carlos “Escuta”, Gilmar Sodré, Nerival, Tarcísio Paixão, James Costa, Ivo Evangelista, Raimundo do Basílio, Valmir, Roque do Sesp e Aldemir, além do presidente da casa, Dr. Jó, aprovaram o projeto de lei sugerido pela prefeitura, prevendo a reforma do Código Tributário Municipal e Lei de Planta Genérica de Valores.
O vereador Gurita, foi o único dos presentes que votou contra.
A aprovação acarretará em um verdadeiro baque na economia local, pois aumentará absurdamente, por exemplo, o valor do IPTU, em alguns casos, para preços astronômicos.
Um verdadeiro golpe na população ilheense, que esperava que tal projeto fosse minimamente debatido, e não simplesmente aprovado, sem que os vereadores coniventes, sequer se inteirassem devidamente do documento. Este, vale ressaltar, um parecer técnico, complexo, de quase 300 páginas.
Houveram tentativas de impedir o golpe, mas todas em vão. Em nada adiantou a população ilheense ter se mobilizado, em nada adiantou a Defensoria Pública recomendar a suspensão da sessão, em nada adiantou os vereadores da oposição (Lukas Paiva, Alisson Mendonça, Dero, Fábio Magal, Cosme Araújo e Roland), terem tentado várias vezes impedir a aprovação, e até mesmo, por volta das 23:30h, se retirando do plenário.
Nada adiantou. O repasse no código tributário foi aprovado, os vereadores de situação agiram como vergonhosas marionetes, e a população, mais uma vez, figura o papel principal de grande prejudicada.
Porque a notícia não para 
