Vesúvio, estátua do Cristo, catedral de São Sebastião, Bataclan….. e o esgotão do Malhado. Guardada as devidas proporções, é óbvio, tais são símbolos de Ilhéus. Os quatro primeiros nos enchem de orgulho, já o último, só nos mete vergonha.
Seria até bom se fosse só vergonha, em ver que há décadas um fétido e caudaloso córrego de esgoto, corre próximo das residências, estabelecimentos comerciais e de uma das maiores centrais de abastecimento do estado da Bahia, no bairro do Malhado.
Mas, vale ressaltar, além de vergonha, tal esgotão, que passa por algumas vias do bairro, é um verdadeiro risco para a saúde dos que lá trabalham e habitam. Isso porque concentra ratos, baratas e mosquitos, inclusive o da dengue.
Para tentar amenizar a situação, a prefeitura divulgou hoje que “concluiu os serviços de limpeza” do citado esgotão, apelidado carinhosamente pelo poder público municipal, de canal.
Eles estão certos. De fato o esgotão é um canal. Canal de transmissão de doenças, de incômodo, de transtorno, de mal cheiro, etc.
Tal ação de limpar o córrego fétido é positiva, mas é como enxugar gelo. Em nada mudará a situação de fato, apenas visualmente. O que, para a dimensão do problema, nos desculpando os homens que fizeram o serviço, é algo praticamente inútil.
O que a população local deseja, é que o problema seja solucionado, e os seus sofrimentos cheguem ao fim.
Falta por parte da atual gestão municipal, tal qual faltou nas últimas gestões que se sucederam no comando do Paranaguá, coragem e representatividade para exigir do governo do estado, ações abrangentes para um dos nossos maiores e vergonhosos problemas: A falta de saneamento básico na grande maioria dos bairros.
Enquanto isso, a grande maioria das nossas belas praias, seguirão recebendo diariamente milhares de litros de esgoto, sem nenhuma espécie de tratamento, colocando em risco a saúde de ilheenses e turistas.
Porque a notícia não para 
