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CAMINHONEIROS SEGUEM COM BLOQUEIOS EM RODOVIAS EM 6 ESTADOS

Foto: G1.
Foto: G1.

Caminhoneiros realizam nesta terça-feira (24) mais um dia de protestos com bloqueios em rodovias em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Goiás, a manifestação – motivada pelo alto preço dos combustíveis e valores dos fretes – foi encerrada na noite de segunda-feira (23).

Durante a madrugada, por volta da meia-noite, a categoria iniciou um protesto em São Paulo. Os caminhões ocuparam as faixas do sentido da capital paulista da Rodovia Presidente Dutra, na altura do km 210,5.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bloqueio da pista durou 20 minutos. O congestionamento não chegou a 2 km e não houve incidentes. Manifestantes e representantes do Sindicato das Pequenas e Micro Empresas de Transporte e Logística de São Paulo e Regiões (Sinditrans-SP), porém, disseram que o congestionamento atingiu 8 km, até o pedágio de Arujá. O grupo informou ainda que policiais fotografaram placas dos veículos, cuja multa por participar de evento em rodovia sem autorização pode chegar a R$ 1.900,00.

Protestos em 7 estados – O protesto dos caminhoneiros que bloquearam rodovias do país devido à alta do preço dos combustíveis e aos valores dos fretes, considerados baixos pela categoria, foi ampliado ao longo da segunda-feira (23). Sete estados registraram pontos de lentidão e congestionamentos: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC.

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou ações na Justiça Federal dos sete estados para que fosse determinada a liberação de rodovias bloqueadas. Nas ações, a AGU pediu  que a Justiça conceda liminar (decisão provisória) para que as estradas sejam desbloqueadas, e para que seja imposta uma multa de R$ 100 mil por cada hora em que a decisão for descumprida.

Os bloqueios já afetam o abastecimento em algumas regiões. No Paraná, cidades enfrentam falta de combustíveis, e a gasolina chegou a ser vendida a R$ 5 em Pato Branco. Na cidade também há registro de atrasos na entrega de medicamentos.

No mesmo estado, onde a paralisação começou no dia 13 de fevereiro, a BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, anunciou na segunda-feira que parou a produção em duas fábricas por falta de aves e que isso afeta “todo o ciclo de produção, desde a produção de ração animal até a distribuição de seus produtos pelo país e exterior.”

Em Santa Catarina, a distribuição do leite foi afetada por conta das manifestações e está 100% interrompida pela falta de transporte. A agroindústria Aurora Alimentos, que fica no Oeste do estado, disse que paralisaria suas atividades nesta terça  devido ao bloqueio do transporte de suas matérias-primas.

Em Minas Gerais, a Fiat teve a produção de veículos afetada, pois os componentes usados na montagem de veículos não foram entregues.

Em Mato Grosso, o óleo diesel também acabou em distribuidora no Norte do estado por causa dos bloqueios nas rodovias.