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O DRAMA DE UM CADEIRANTE PARA PEGAR UM ÔNIBUS EM ILHÉUS

Foto: Andres Norris.
Foto: Andres Norris.

Em contato com a nossa redação, através da nossa fanpage no Facebook, o leitor Andres Norris, relatou um fato ocorrido com o seu amigo cadeirante, Moisés Pacheco, na tentativa de pegar um ônibus em Ilhéus, e se utilizar dos elevadores de acesso para pessoas com dificuldade de locomoção, para conseguir adentrar nos veículos.

Segundo ele, neste domingo, por volta das 16h, ele e o amigo estavam na avenida Lomanto Júnior, no ponto do G-Barbosa, quando sinalizaram para o primeiro ônibus, da empresa São Miguel.

O veículo apresentou problemas no comando do elevador de acessibilidade. O leitor afirmou que foram várias tentativas sem êxito, e que o ônibus ficou parado no ponto por cinco minutos, até que eles desistiram, e resolveram esperar o próximo.

De acordo com Andres, após 10 minutos, um outro coletivo passou, dessa vez da empresa Viametro, e o mesmo problema com o elevador se sucedeu.

A situação revoltou os passageiros dos dois coletivos que apresentaram problemas. Alguns deles, revoltados, desceram dos veículos e ameaçaram não mais seguir viagem, devido a humilhação que o cadeirante foi sujeitado.

Vale ressaltar que, disponibilizar coletivos dotados de elevadores de acessibilidade, é lei federal, e as empresas que não cumprem tal legislação, estão sujeitas a multas.

Agora, do que adianta os coletivos terem os referidos elevadores, se eles não passam por constantes manutenções, e, na hora em que são acionados, não funcionam?

Mais uma vez fica explícito o descaso das empresas que exploram o transporte coletivo no município, com a população.

E mais uma vez questionaremos: Cadê a fiscalização por parte da secretaria municipal competente?

Já não bastam as inúmeras reclamações sobre ônibus que rodam na cidade, cujas portas soltam no meio do caminho, ou que aparentam problemas mecânicos graves, podendo acarretar em acidentes?

Já não bastam as reclamações com as falhas nos horários, obrigando, em alguns casos, os usuários a terem que recorrer a táxis, ou simplesmente dormirem fora de casa, como nos recentes casos dos moradores de Olivença que dependem do último horário, retirado sem nenhum comunicado prévio?

Já não basta o alto preço das passagens, equiparado a cidades bem maiores do que Ilhéus?

Novamente conclamamos o Ministério Público a intervir em caráter de urgência ante essa situação, que há muito já extrapolou qualquer noção de absurdo.

Até quando essa afronta aos cidadãos ilheenses?