Uma coisa ficou claríssima durante a prestação de contas (para burocrata entender, lembre aqui) feita pela prefeitura de Ilhéus ontem: Jabes Ribeiro, o que prega austeridade, gasta mais que Newton Lima com a folha de pagamento do funcionalismo.
Os gastos excessivos com pessoal, entre outras coisas, levaram o ex-prefeito a ter as contas rejeitadas pelo TCM por cinco vezes.
Na prestação de contas, o secretário da fazenda, Marco Porto, mostrou que Jabes gasta, hoje, 77,30% das receitas com a folha. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o teto de 54%.
Em 2011, segundo o Tribunal de Contas dos Municípios, Newton Lima despejou 68% do orçamento anual em gastos com servidores. O inchaço da folha era inegável.
Para não ver as contas rejeitadas no fim do ano, Jabes mira nos servidores. Não, não os comissionados, que recebem salários altos e desempenham atividades questionáveis. Em entrevistas, o prefeito já confirmou a possibilidade de colocar na rua servidores devidamente concursados.
Se concretizar a promessa, será reincidente. Em fevereiro, exonerou 70 concursados. Enquanto isso, os postos ocupados por comissionados eram preenchidos.