Quando uma obra pública é anunciada, e, teoricamente “iniciada”, uma das primeiras ações, antes de qualquer intervenção no local, é a colocação daquelas conhecidas placas. Nelas, anuncia-se quem está tocando a obra, os custos, a data de início e de entrega.
Existe também a estratégia do foguetório midiático, propiciado pelas assessorias de imprensa do estado, prefeitura e afins.
Um bom exemplo para essa situação percebemos ante o anúncio da construção da chamada praça de esportes e cultura, no Nossa Senhora da Vitória, bairro da zona sul de Ilhéus.
Resultado do convênio com o Governo Federal, através do Ministério da Cultura, sob a responsabilidade da secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), e executada pela empresa J. B. S. Construções Ltda, a obra foi festejada pela secretaria de comunicação da prefeitura de Ilhéus e ventilada na maioria dos órgãos de imprensa da cidade. Isso, em fevereiro desse ano.
De acordo com o relese distribuído na época, a praça ocuparia uma área de três mil metros quadrados e contaria com quadra poliesportiva coberta, pista de skate e de caminhada, equipamentos de ginástica, além de dois edifícios com diversas salas, um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), biblioteca, telecentro e cine-teatro com auditório para 60 lugares.
Passados quase cinco meses de tal alarde marketeiro, o que se vê hoje no local da obra é basicamente a situação de quando o início da obra foi anunciado.
Ou seja, uns montes de areia espalhados, algumas discretas escavações e nenhum mísero tijolinho colocado.
Vale ressaltar que, segundo a tal placa, a obra já começou atrasada. Já que está escrito que ela deveria ter sido iniciada em dezembro de 2012. Ante a sua conclusão, estampada na placa que seria em maio de 2013, podemos ter certeza que não há o menor indício de quando ela será entregue à população.
E a secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano, o que tem a dizer sobre essa verdadeira propaganda enganosa?