Professores das escolas municipais de Juazeiro do Norte (a 548 km de Fortaleza) iniciaram uma greve na tarde desta terça-feira (11) para pressionar o prefeito Raimundo Macedo (PMDB) a não assinar o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração).
O PCCR foi aprovado pela Câmara de Vereadores, na última quinta-feira (6), e vai reduzir em até 40% os salários dos trabalhadores em educação do município.
Nesta quarta-feira (12) está programada uma passeata, saindo da sede do Sinsemjun (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte) com destino à prefeitura para pressionar Macedo a não sancionar o novo PCCR.
Segundo o Sinsemjun, apesar da reforma do PCCR ter sido um pedido do prefeito e aprovado pela Câmara de Vereadores, por 14 votos a 2, Macedo tem o poder abrir novas negociações e modificar a reforma.
Os professores prometem que vão continuar os protestos na quinta-feira (13).”Ainda temos espaço para ele abrir negociação antes de sancionar a lei”, disse a presidente do Sinsemjun, Maria José dos Santos.
O departamento jurídico do Sinsemjun está tentando anular na Justiça a aprovação do PCCR. Uma das alegações da categoria é que não foi dado espaço para negociação e houve tumulto durante a sessão na Câmara de Vereadores.
De acordo com o sindicato, são 220 profissionais da educação que vão ter redução imediata nos salários e 2.300 que terão perdas graduais.
O sindicato afirmou em nota que as escolas vão funcionar regularmente, pois os professores que não aderirem a paralisação não terão problemas de acesso às escolas. A nota destaca ainda que pais e alunos não terão perdas durante o movimento paredista “pois professores temporários e os que não entrarem em greve vão suprir a jornada”.