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PESQUISA APONTA QUE PROCURAS PELOS TERMOS “FACISMO”, “COMUNISMO” E “SOCIALISMO” AUMENTARAM NOS ÚLTIMOS MESES

Às vésperas do segundo turno, aumenta consideravelmente a busca de brasileiros por termos relacionados a política. É o que aponta um levantamento realizado pela SEMrush, que analisa alguns dos termos mais buscados entre setembro de 2017 e setembro de 2018.

O brasileiro se mostrou mais engajado em procurar saber os significados de palavras muito mais utilizadas desde a disputa pela corrida presidencial, como “fascismo”, “comunismo”, “socialismo” e “democracia”. Em tempos de Fake News e uma forte corrente anti-intelectual é compreensível que as pessoas se informem mais por pesquisas rápidas na internet do que por livros e fontes confiáveis.

O termo Fascismo foi o campeão: as buscas cresceram 643% em doze meses. Em outubro de 2017 eram 60,5 mil buscas mensais, enquanto no mesmo período de 2018 foram 450 mil. Comunismo e Socialismo também tiveram alta nas buscas, com 232% de aumento no último ano. Já o sistema político vigente no Brasil, a democracia, é a que menos possui crescimento nas buscas, com aproximadamente 171%. Esses dados são fundamentais para entender o comportamento dos eleitores, já que muitos optam por pesquisar conceitos que podem interferir diretamente no resultado e consequências da eleição.

Já o termo direitos humanos apurou um crescimento tímido de apenas 22% no último ano, mas com um número expressivo de buscas, cerca de 135 mil apenas em setembro. Entretanto, a curiosidade sobre feminismo aumentou consideravelmente no último ano, com 232% de crescimento e mais de 200 mil buscas no último mês. Também foram expressivos os índices que revelam o aumento de procuras para “corrupção” e “ditadura”, ambos terminaram o mês de setembro com 60 mil pesquisas, enquanto que no mesmo período ano ano passado, as buscas representavam 40 mil e 27 mil, respectivamente.

Os números revelam também uma falha do sistema educacional, a pesquisa por “ditadura” aumenta significativamente a partir do momento que a corrente de negação do golpe militar se torna forte. Com grande quantidade de militares sendo eleitos para a câmara de deputados e assembléia legislativa a onda por um revisionismo histórico com fortes viés políticos podem prejudicar a ação dos professores em sala de aula.