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AGENTES DE TRÂNSITO DE ILHÉUS ACHAM CARTEIRA COM MAIS DE MIL REAIS E DEVOLVEM AO DONO

Em tempos em que novos casos de corrupção e desonestidade são descobertos a cada momento, dois agentes de trânsito lotados na Superintendência de Trânsito (Sutran), órgão ligado a Prefeitura de Ilhéus, município do sul da Bahia, tomaram uma atitude que vai na contramão disso. Eles encontraram uma carteira contendo documentos e a quantia de R$ 1.170,00 e devolveram ao dono. O episódio aconteceu durante o último final de semana, nas mediações da Avenida Itabuna, centro, próximo ao Posto Brasil.

Os agentes de trânsito, Jorge Paranhos e Fábio Costa faziam uma ronda de rotina na tarde de sábado, 20 de outubro, quando acharam o objeto que estava caído na via próxima à subida da Rua Lúcio Bittencourt que dar acesso ao Jardim Boa Vista (Pacheco). Os agentes identificaram que havia uma carteira contendo documentos, cartões de crédito, dinheiro e algumas cédulas espalhadas pelo local. “Dentro da carteira havia um cartão de visita com o nome e número de telefone. Ligamos imediatamente”, relataram.

Ao atender a chamada telefônica, Ronnie Rossoni, 51 anos e representante comercial, informou aos agentes que estava ciente da perda e informou que estava numa residência situada na Barra, Zona Norte da cidade. Os agentes foram ao seu encontro e depois de 30 minutos, o acessório era devolvido. O representante lembrou que no dia anterior havia sacado a quantia de R$ 2.500,00. Desse valor, guardou em casa mil reais, deixando o restante na carteira para comprar e realizar pagamentos.

Conforme suas lembranças daquela tarde, junto com um amigo, tomaram um chopp na delicatessen do posto e em seguida, atravessaram a rua para comer espetinhos. Lembra ainda que pagou a conta, entrou no carro e dirigiu-se ao encontro de amigos para assistir uma partida de futebol. Sentiu a falta da carteira, quando recebeu a ligação dos agentes. “Fiquei impressionado com a atitude. Foram prestativos e leais. Ainda existem pessoas boas e honestas em nosso Brasil”, elogiou Rossoni.  

“Era uma boa quantidade de dinheiro. Alguém trabalhou para conquistar. Só fizemos o que era certo, o que a nossa consciência mandou”, disseram os agentes públicos de Ilhéus.