O presidente eleito criticou uma questão da prova de linguagens, aplicada no último domingo: “Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto”, disse o capitão reformado em entrevista no Brasil Urgente, da Band.
A questão referida por Bolsonaro é a número 37 do caderno de Linguagens. Nela, o teste mostrou um texto sobre “pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis” e questionava o candidato quanto aos motivos que faziam a linguagem se caracterizar como “elemento de patrimônio linguístico”. A questão citada faz mais referência a origens de formas linguísticas do que a um dialeto em si.
Bolsonaro negou que pretenda acabar com o exame, mas disse que seu governo não vai “ficar divagando sobre questões menores”. “Ninguém quer acabar com o Enem, mas tem que cobrar ali o que realmente tem a ver com a história e cultura do Brasil, não com uma questão específica LGBT. Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim”, disse.
O Presidente eleito também falou sobre as atuações de Sergio Moro como ministro. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, em entrevista a Datena, na Band, diz que o juiz Sergio Moro terá carta branca para combater a corrupção, mas isso tem que ser feito com responsabilidade. Ele criticou o “barulho” feita pela operação Carne Fraca.
Bolsonaro também falou sobre as relações internacionais com o Mercosul, na opinião dele a Venezuela não deve participar do bloco econômico e é preciso se pensar num campo de refugiados para os imigrantes daquele país, uma vez que não é possível deixar para as prefeituras e para o Exército todos os cuidados com quem chega ao Brasil.