O processo de demolição de imóveis desapropriados pelo Governo do Estado, em virtude da obra de construção da nova ponte de Ilhéus acelera o projeto de reurbanização daquela importante área da zona sul da cidade. A construção da primeira ponte estaiada da Bahia, com extensão de 533 metros, vai impactar diretamente na melhoria da mobilidade urbana na cidade.
O conjunto da obra inclui 2,2 quilômetros de rodovia, que se encerrarão ao lado da Catedral de São Sebastião, ao norte, e ao lado da cabeceira da pista do Aeroporto Jorge Amado, ao sul, onde estão sendo feitas as demolições dos imóveis. A nova pista no lado sul promoverá a reurbanização da Avenida Litorânea Mãe Amada, o que inclui uma ciclovia.
O Governo do Estado já efetuou o pagamento de quase todas as desapropriações negociadas com os moradores da localidade. Os casos que ainda não foram acordados são devido a pendência de documentos ou desavenças familiares quanto aos valores que o Estado aplicou. Os moradores tiveram prazo de 30 dias para a desocupação dos imóveis.
Além de uma ponte nova, que terá passeio, canteiro central, pistas duplas nos dois sentidos e uma ciclovia, Ilhéus ganhará uma moderna urbanização nas áreas Norte Centro e Sul, além de uma nova orla entre o Pontal e a pista do aeroporto. A urbanização da área demolida será feita conjuntamente com a Prefeitura de Ilhéus, que adequará o uso dos espaços públicos.
Nesse sentido, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Seplandes) realizará uma fiscalização em todas as áreas que passarão à gestão da Prefeitura para fins de urbanização. O gerente de gestão ambiental da Seplandes, Bruno Miranda, informa que o Município agirá contra o uso ilegal do espaço público naquele “novo local”, vedando ocupações.
Felisberto Santiago, 62 anos, que há 18 anos reside na localidade, considera a iniciativa excelente. “É uma das melhores coisas que o governo está trazendo para a cidade e para o desenvolvimento da região, temos que aplaudir. Moro e tenho meu bar aqui, e por conta da ponte vou sair, mas deu tudo certo, vou morar na rua de trás, e continuarei com meu comércio, e é isso que importa”.
Gilson da Hora, de 64 anos, e mora há 40 anos naquela rua, afirma que achou o projeto muito bom. “Muita gente não queria sair do local, pois reside aqui há muitos anos. Eu fui indenizado e já comprei minha casa no Nossa Senhora da Vitória; já vou me mudar e estou satisfeito graças a Deus”, declara.