O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou nesta segunda-feira (10) pelo Twitter que o governo de Jair Bolsonaro se “desassociará” do pacto mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a migração.
O pacto foi assinado nesta segunda-feira por cerca de 160 países e pretende reforçar a cooperação internacional para uma migração “segura, ordenada e regular”. O pacto foi assinado no Marrocos.
“Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marraqueche, um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, publicou o ministro no Twitter.
Outros países já decidiram deixar o pacto, entre os quais Estados Unidos – por considerá-lo contrário à política migratória de Donald Trump –, Hungria e Áustria.
Segundo Ernesto Araújo, a imigração será “bem-vinda” no futuro governo, mas não deve ser “indiscriminada”.
Ainda de acordo com o futuro chanceler, é preciso haver critérios para garantir a segurança dos migrantes e dos cidadãos do país de destino.
“A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade”, escreveu Ernesto Araújo.
Na série de mensagens publicadas no Twitter nesta segunda-feira, Ernesto Araújo afirmou, ainda, que o Brasil seguirá acolhendo os cidadãos venezuelanos que deixam o país em busca de uma vida melhor no Brasil.
A Venezuela vive uma crise econômica, política e social, e milhares de cidadãos têm migrado para o Brasil, principalmente por Roraima.
O governo do estado já pediu o fechamento da fronteira, mas a a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber negou, entendendo que a decisão cabe ao presidente da República – Michel Temer já afirmou que a medida é “incogitável”. Roraima está sob intervenção federal.