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CAIXA ECONÔMICA AFASTA FUNCIONÁRIO ACUSADO DE RACISMO CONTRA EMPRESÁRIO

 

Crispim voltou na terça (26) na agência, onde houve um protesto. Foto: Betto Jr.

A Caixa Econômica Federal (CEF) informou que afastou o funcionário da agência do Relógio de São Pedro, acusado de racismo contra o empresário Crispim Terral, 34 anos. Em nota, divulgada na manhã desta quarta-feira (27), o banco diz que repudia práticas e atitudes de discriminação cometidas contra qualquer pessoa e que a Corregedoria da instituição vai apurar o caso.

A Caixa afirmou ainda, em nota, que vai realizar nesta quinta-feira (28) um  treinamento específico com toda sua rede de atendimento para reforçar a Política de Relacionamento com Clientes.

“Ressaltamos que as relações da Caixa com seus clientes e usuários são orientadas pela ética, com respeito aos direitos humanos universais”.

A nota diz ainda que “a Caixa prima pelo respeito à diversidade de raça, origem, etnia, gênero, cor, idade, classe social ou qualquer tipo de diferença entre as pessoas. Outra diretriz da Política é o atendimento com zelo, presteza e prontidão aos clientes e usuários, de forma justa e equitativa”.

Um procedimento foi instaurado no Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA) na terça-feira (26) para apurar a denúncia de racismo praticado por um gerente da CEF e policiais militares contra o empresário Crispim Terral, 34 anos. Todos os envolvidos devem ser ouvidos após o Carnaval pela Promotoria de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. A própria CEF vai ser acionada para rever sua postura enquanto instituição.

A promotora Lívia Vaz, que acompanha o caso, informou que já assistiu ao vídeo que mostra a agressão ao empresário dentro da agência bancária, mas precisa complementar a apuração do caso com as oitivas dos envolvidos.

“Tem um momento no vídeo em que se fala ‘gente desse tipo’, então no mínimo houve um constangimento legal, mas eu preciso entender todo o contexto. Se houve um crime, que crime e que tipo de responsabilização que cabe”, diz a promotora da vara de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.

https://youtu.be/jNxQqXcAaQ8

“Depois que apurarmos, vamos ver a possível responsabilização criminal e civil, a exemplo de uma idenização pelo constrangimento e dano material e moral sofrido”, disse Lívia. 

Somente este ano, a Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa da Comarca de Salvador, do MP-BA, recebeu denúncias com de 41 casos de racismo ou de injúria racial, além de outros 30 casos de intolerância religiosa. Do Correios24horas.