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DEVOTOS DE ILHÉUS E REGIÃO PARTICIPARAM DE FESTIVIDADES EM HOMENAGEM À SÃO JORGE

Fiéis de várias cidades da região acompanharam as festividades que homenagearam o padroeiro de Ilhéus, São Jorge. Foto Clodoaldo Ribeiro.

Devotos de Ilhéus e região participaram de festividades em homenagem ao padroeiro da cidade, São Jorge (ou Oxóssi, pelo sincretismo), também conhecido como o “Santo Guerreiro”, na manhã desta terça-feira (23). A missa ocorreu na Catedral de São Sebastião, no centro, onde uma multidão lotou o local para acompanhar a programação celebrada pelo bispo da diocese, Dom Mauro Montagnoli. O prefeito Mário Alexandre (Marão) acompanhou o ato durante todo o dia de feriado municipal.

A cerimônia eucarística falou sobre arrependimento, salvação e do verdadeiro significado da Páscoa e da ressurreição de Cristo.“Destemido em professar a sua fé, Jorge era sabedor do risco que corria com a perseguição dos romanos, mesmo assim, enfrentou a morte. Naquela ocasião, uma igreja foi edificada no lugar onde morrera e os seus milagres percorrem os quatro cantos do mundo”, relatou Dom Mauro.

A empresária Rosilda Gonçalves é devota do santo há muitos anos. Junto com a família, ela veio de Mato Grosso para acompanhar as festividades. “É a primeira vez que estou em Ilhéus. Estou encantada com a cidade, com a beleza da Catedral e o acolhimento do seu povo. “Estar perto de Deus é uma doutrina que a gente segue de alma e de coração. Acredito que os santos são pessoas que estão próximos de Deus”, opina a turista.

Marão destacou a importância da Igreja Matriz para a história da cidade. “A igreja é muito bonita, com uma arquitetura perfeita, digna da cidade. Não poderia me furtar de ajudar na restauração de um dos monumentos mais importantes do Brasil e importante para a cultura e fé do nosso povo”, assegurou Marão, assinando um termo de compromisso financeiro para o avanço das obras.

Obediente a Deus – De acordo com a história, São Jorge é reconhecido como o “Grande Mártir”, enfrentou em seu tempo, um grande ‘dragão’, tendo-o matado. Nascido por volta do século III, na Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, e filho de pais cristãos, Jorge aprendeu ainda na infância a ser obediente a Deus e a crer em Jesus Cristo como o seu único Salvador.

A Igreja Católica reconhece São Jorge como santo, mas, desde 1969, quando o calendário litúrgico católico foi reformulado, São Jorge não está mais no calendário oficial e universal das comemorações da Igreja. A devoção ao santo não atrai somente os católicos, mas também seguidores do Candomblé, onde São Jorge é representado por Oxóssi, o caçador e rei das matas.

Procissão – A homenagem ao santo guerreiro se estendeu até o fim da tarde, quando foi realizada uma procissão percorrendo às principais ruas do centro histórico, retornando para a Catedral onde houve a benção do santo Sacramento. Padres e grupos religiosos de várias cidades circunvizinhas estiveram presentes à missa.