O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cancelou sua ida a Nova York para participar de um jantar de gala promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA em sua homenagem no dia 14 de maio, segundo confirmou o porta-voz da presidência Otávio Santana do Rêgo Barros.
O ultraconservador foi escolhido Personalidade do Ano de 2019, mas sua ida enfrentou uma série de resistências. A primeira foi do Museu de História Natural, que se recusou a sediar o evento após a pressão de ativistas, de políticos e da sociedade civil norte-americana.
A pressão se dirigiu então aos patrocinadores e ao hotel New York Marriott Maquis, que concordou em receber a cerimônia. O senador democrata Brad Hoylman, representante da comunidade LGBTQ, criou um abaixo assinado pedindo pelo cancelamento do evento e mandou uma carta para o hotel pedindo a mesma coisa. “Normalizar um presidente anti-LGBTQ que quer ativamente causar danos – e inclusive matar – a população LGBTQ não reflete os valores de Nova York. Ponto”, disse em um tuíte.
A campanha contra Bolsonaro foi referendada pelo prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, que em uma entrevista em abril a uma rádio chamou Bolsonaro de racista, homofóbico e destrutivo. Disse também que o presidente não era bem-vindo na cidade.
By sponsoring an event honoring a homophobe as Man of the Year, @Citi is making their values clear–but maybe not in the way they intended.
Normalizing an anti-LGBTQ president who wants to actively harm – and even kill – LGBTQ people does not reflect New York values. Period. https://t.co/12HTY9bS3C
— Senator Brad Hoylman (@bradhoylman) May 2, 2019