Treinamento aconteceu no auditório do Teatro Municipal de Ilhéus. FOTO: Clodoaldo Ribeiro/SECOM
A Prefeitura, Marinha do Brasil, 5º Grupamento de Bombeiros Militar (5º GBM) e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) organizaram uma estratégia de trabalho com treinamento técnico e orientação de voluntários, para a possível chegada das manchas de óleo na costa marítima do município. A ação, que visa prevenir acidentes, aconteceu na tarde de terça-feira (22), no auditório do Teatro Municipal de Ilhéus.
A iniciativa vem reunindo multiplicadores, como as ONGs, para sensibilizar comerciantes, banhistas, turistas e moradores sobre o que fazer caso manchas de petróleo cru cheguem à costa ilheense. O treinamento também serviu para alertar a respeito dos perigos do contato com o material contaminante. Na oportunidade, foram discutidas ações de prevenção, limpezas e preservação de praias do município.
Chamamento – Esta semana, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Urbanismo (Semde), lançou a campanha “Se chegar a gente limpa”, com adesão de voluntários treinados e em alerta 24 horas para agir no trabalho de limpeza em praias de Ilhéus, caso seja necessário. O vazamento de óleo na costa do Nordeste já é considerado o maior desastre ambiental ocorridos nos últimos tempos.
Para o titular da Semde, Jerbson Moraes, desde as primeiras notícias sobre o evento, e da possível vinda das manchas de óleo, o município se colocou de prontidão. “Há dias começamos a traçar um plano de ação em razão da necessidade de cuidar da nossa cidade e preservação do ecossistema de forma responsável e competente. Conclamamos a população que nos ajude. Não é necessário pânico, mas, se chegar a gente limpa”, arrematou.
Prontidão – Na opinião do tenente-coronel BM Ednei Factum, que comanda o 5º GBM, “a Prefeitura Municipal está de parabéns em ter liderado esse processo de união entre os órgãos. A preocupação principal é de proteger a população”, salientou. Para o comandante da Capitania dos Portos em Ilhéus, Giovani Andrade, o mais importante é a prevenção. “A iniciativa foi captar informações e agregar forças num só propósito. Estamos prontos”, assegurou.
De acordo com o site UOL, o vazamento de óleo que atingiu todo o litoral do Nordeste pode ter ocorrido em uma região entre 600 e 700 km da costa, na altura dos estados de Sergipe e Alagoas, aponta estimativa feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles trabalham com a tecnologia conhecida como modelagem inversa, que parte dos pontos de chegada das manchas nas praias e faz o caminho para trás, estimando o ponto de origem desse óleo. O estudo foi encomendado pela Marinha e UFRJ.
