O Brasil chegou a 1 milhão de casos de coronavírus na tarde desta sexta-feira (19), mostra um boletim extra do levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Às 20h desta quinta-feira (18), o consórcio havia divulgado o 11º balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento, indicando 47.869 mortes – sendo 1.204 em 24 horas – e 983.359 casos confirmados.
Desde então, AC, CE, DF, GO, MT, MS, MG, PE, RN, RR, SP e TO divulgaram novos dados.
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O número foi alcançado com a divulgação dos dados de São Paulo na tarde de hoje. O estado atingiu 211.658 casos confirmados de covid-19, com 12.232 vítimas fatais.
De acordo com dados divulgados na manhã de hoje, o Ceará é o segundo estado com mais casos: ao todo, 89.485 confirmados, e 5.402 mortes.
Rio de Janeiro, que não divulgou seus dados até esta publicação, é o terceiro estado com mais casos confirmados (87.317). No estado, pelo menos 8.412 pessoas morreram de covid-19.
Avanço mesmo com subnotificação
Embora elevados, os números de casos e de mortes estão subnotificados. O Brasil ainda faz, como apontou um especialista ouvido pelo G1, “brutalmente” menos testes para detectar a doença do que deveria: são tão poucos RT- PCR (exames laboratoriais ideais para diagnosticar a Covid-19), que o número de casos confirmados muitas vezes é secundário para cientistas que analisam a evolução da pandemia.
“O Brasil está testando brutalmente menos do que deveria. Na melhor das hipóteses, 20 vezes menos do que é considerado adequado”, afirmou ao G1 Daniel Lahr, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).