O Ministério Público Federal na Bahia ofereceu denúncia no dia 9 de abril contra sete pessoas entre vereadores, soldados e cabos da Polícia Militar por diversos crimes, a maioria deles contra a segurança nacional.
Os vereadores são integrantes e ex-integrantes do quadro da PM, que, segundo o MPF, tiraram proveitos políticos com a greve do ano passado.
Foram denunciados: os vereadores de Salvador, Marco Prisco (ex-policial militar e líder do movimento) e de Jequié/BA, Gilvan Souza Santana; o cabo Jeoás Nascimento dos Santos; os soldados Josafá Ramos dos Santos e Jeane Batista de Souza; o líder da greve dos Bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, e David Salomão dos Santos Lima, de Vitória da Conquista/BA.
A lista de crimes é grande: formação de quadrilha; roubo de veículos de transporte público; sabotagem contra instalações militares; paralisação de serviços públicos essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do país; incitação à violência.
De acordo com o MPF/BA, os sete denunciados formaram uma quadrilha armada com o objetivo de lesar o Estado Democrático de Direito. Órgão afirma ainda que a articulação nacional que teve a greve visava nitidamente interesse político.
O MPF também acusa o líder do movimento, Marco Prisco, de usar crianças e mulheres como escudos no período em que os grevistas ocuparam o prédio da Assembléia Legislativa da Bahia.