Para que os trabalhos não sejam afetados pelo Palácio do Planalto, membros da CPMI da Fake News se anteciparam e enviaram o material coletado para a Polícia Federal (PF). A corporação já havia pedido acesso aos dados da comissão para apurar acusações feitas pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB).
Em depoimento à PF, Frota vinculou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao dizer que ele estaria envolvido com a orientação e divulgação de atos que pediam o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar. O tucano afirmou que os computadores de onde partiam os comandos estão ligados a endereços do filho do presidente Jair Bolsonaro ou de assessores dele.
Diante desse quadro, membros da comissão decidiram se adiantar, pois avaliam que, desde que o Centrão passou a integrar a base do governo, vigora um movimento no sentido de esvaziar os trabalhos do grupo. Segundo o Blog do Camarotti, no G1, senadores e deputados apontam a existência de uma articulação do Planalto junto com o presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para congelar a comissão.