Os moradores do litoral norte de Ilhéus, ainda sofrem com os prejuízos causados pelo avanço do mar na cidade. Segundo eles, há dois meses a prefeitura despejou pedras em alguns pontos das praias para que elas fossem usadas na contenção do mar, entretanto não foram enviadas máquinas necessárias para formar os paredões próximo à areia da praia e conter a água do mar.
Desde de julho, o problema da força da maré aumentou, destruindo casas e cabanas de praias no litoral norte. O trecho mais atingido tem quatro quilômetros e fica entre os bairros São Domingos e São Miguel. Algumas medidas preventivas, como colocar pedras em alguns pontos, têm sido feitas por moradores e prefeitura, mas não são suficiente.
“Vamos ter maré alta e essas pedras ficando aí não vão resolver o avanço da maré”, destaca a Saionara Maria Silva Santos, presidente da Associação dos Moradores de São Miguel, uma das localidades prejudicadas pelo avanço da maré.
egundo o Secretário de Infraestrutura de Ilhéus, Átila Dócio, as máquinas que estavam fazendo o serviço quebraram, mas na próxima semana o trabalho será retomado nos bairros.
“A partir de segunda-feira, com certeza, a máquina já vai estar aí. No entanto, sabemos que essa questão das pedras é paliativa. Foi feito um levantamento com a equipe de Meio Ambiente [secretaria], já foi apresentado à procuradoria [do município], que já está adentrando com ação civil pública buscando, assim, alguma forma de criar um recurso para que tenha um projeto macro, a longo prazo, tentando mitigar essa erosão marítima”, explica Átila.
O secretário disse ainda que uma comissão formada para buscar soluções para o problema tem parceria com técnicos da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) para que sejam feitos estudos que expliquem o porque da maré não estar recuando, conforme contam os moradores. [G1]