Desta vez, ela foi achada região da Península de Maraú, também no sul do estado, e foi salva por ambientalistas. Segundo o Projeto (A)mar, que trabalha no monitoramento e preservação de tartarugas, o animal, que é uma fêmea adulta com cerca de 2 metros, está ameaçado de extinção.
Apelidada de “Esperança”, a tartaruga foi encontrada encalhada na quinta-feira (22), na praia de Piracanga, em Maraú, distante quase 150 km de Ilhéus. Como ela foi achada em uma região pesqueira, a suspeita é que o encalhe tenha sido provocado por emalhe em materiais de pesca.
De acordo com informações do projeto (A)mar, o animal estava bastante debilitado e foi resgatado por equipes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Conforme o projeto, desde que foi solta, após o primeiro encalhe, a tartaruga estava sendo monitorada à distância. A fase de alerta do monitoramento dura entre 72 horas e 96 horas, mas o animal foi encontrado 104 horas depois de ser devolvido ao mar, quando essa etapa já tinha sido encerrada.
Primeiro resgate
A tartaruga-de-couro estava com uma das nadadeiras dianteiras amputadas quando foi encontrada encalhada em Ilhéus, no dia 15 de outubro. O ferimento já estava cicatrizado.
Ela estava debilitada quando foi encontrada e foi analisada e estabilizada pelos ambientalistas. Após a avaliação, ela foi devolvida em uma praia onde o mar é mais calmo, sem ondas.
Isso porque, segundo o Projeto (A)mar, a tartaruga não conseguiria romper a zona de arrebentação das ondas sozinha sem as duas nadadeiras dianteiras. Além disso, no local em que ela foi encontrada tinham boias de redes de espera, que a colocavam em risco.
De acordo com os ambientalistas, tartarugas-de-couro conseguem sobreviver em vida livre mesmo com uma só nadadeira dianteira.
Conforme informações do projeto, a tartaruga-de-couro é uma espécie oceânica e se aproxima da costa durante o período reprodutivo. Mesmo sendo rara, animais da espécie têm sido encontrados pelo país. [G1]