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IDOSOS ACIMA DE 75, PROFISSIONAIS DE SAÚDE E INDÍGENAS SERÃO OS PRIMEIROS VACINADOS CONTRA COVID

FOTO: Agência Brasil

Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros a ser vacinados contra o coronavírus no Brasil, segundo cronograma apresentado nesta terça-feira, 1º, pelo Ministério da Saúde. 

De acordo com a pasta, a vacinação acontecerá em quatro fases. Na primeira, devem entrar trabalhadores da saúde, indígenas, população idosa a partir dos 75 anos e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições como asilos e instituições psiquiátricas. 

Na segunda fase, será a vez de pessoas de 60 a 74 anos. Em seguida, serão imunizadas pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares). A última fase incluirá professores, integrantes de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população carcerária.  Segundo o Estadão, a vacinação seria iniciada em março e se estenderia até dezembro.

O ministério informou que serão 109,5 milhões de pessoas imunizadas, em duas doses, como previsto em acordos com a Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility. A pasta não descarta, entretanto, novas parcerias com outras farmacêuticas. “Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes”, disse o ministro Eduardo Pazuello, na reunião. 

No entanto, um grande obstáculo a outros imunizantes, como os da Pfizer e Moderna, é a necessidade de baixas temperaturas. No caso da Pfizer, a vacina precisa ficar em temperatura inferior a -70° C durante o transporte. A Moderna, por sua vez, conseguiu alcançar uma temperatura de armazenamento a -20° C. 

“Desejamos que a vacina seja fundamentalmente termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2 a 8 graus, porque a nossa rede de frios é montada e estabelecida com essa temperatura”, declarou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, em entrevista coletiva sobre o combate à Aids.

A Bahia, por exemplo, só possui ultracongeladores no Lacen e Hemoba, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Além disso, só teria no máximo dez dias para imunizar toda a população-alvo no estado caso o ministério aceitasse o método alternativo proposto pela Pfizer. “Alternativamente, está sendo proposto pelo fabricante, o emprego de kits com gelo seco e validade de até 14 dias. Caso o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização venha a fazer a aquisição dessa vacina, estimamos que sejam necessários de quatro a cinco dias para o produto chegar ao estado e ser redistribuído aos municípios, restando nove ou dez dias para que haja a imunização da população”, diz a secretaria.

“A rede de conservação de vacinas do Estado da Bahia está programada para trabalhar na temperatura de 2°C a 8°C em virtude de receber mais de 40 tipos de vacinas do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, que são estabilizados nesta temperatura. Apenas as vacinas contra a febre amarela e poliomielite são fabricadas em temperaturas negativas, porém podem ser estabilizadas na temperatura de 2°C a 8°C”, afirma a pasta.

À espera da definição da vacina, a Sesab informou, entretanto, que já comprou 16 milhões de seringas e agulhas e que outros 14 milhões estão em processo de aquisição.