O Brasil voltou a quebrar a marca de seu pior dia da pandemia até aqui, com 3,6 mil mortes por Covid registradas em 24 horas. Com isso, o país soma agora 307.326 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2,4 mil, voltando a bater recorde no índice. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +32%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sexta.
Alguns estados relacionaram seus altos números do dia diretamente a um represamento causado pela mudança que o Ministério impôs e revogou no meio da semana. São Paulo, o estado com os maiores registros, disse que a mudança afetou os dados desde quarta-feira (24) até aqui, mesmo após a suspensão, e por isso o estado teve recorde de mortes nesta sexta.
As secretarias de Saúde de Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina informaram que verificaram atraso e represamento de dados ao longo da semana. Na Bahia, os responsáveis informaram que o acúmulo foi relacionado a sobrecarga das equipes e aprofundamento das investigações epidemiológicas a fim de evitar distorções. A variação ainda pode ter reflexo nos próximos dias nos números pelo país.
Com o recorde desta sexta, o Brasil passa a ocupar o segundo lugar entre os países que tiveram mais mortes registradas em um único dia, ficando atrás apenas dos EUA — que já bateu a marca de 4 mil mortes diárias em seu pior momento. Antes, a Argentina ocupava a 2ª posição, com 3.351 mortes anotadas em 1º de outubro de 2020, segundo o portal Our World in Data.
Já são 65 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de mil; pelo décimo nono dia a marca aparece acima de 1,5 mil; e o país completa agora 10 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia.